Quem curte videogames e computadores antigos não pode perder o 4º Encontro de Colecionadores de Computadores e Videogames Antigos, que acontece neste sábado (27), das 9h às 19h, no campus do Instituto Federal Catarinense, em Camboriú. O designer gráfico Cristiano Kolling, morador do Pagani, estará lá.
Cristiano já participou de dois desses encontros. No último, levou seus videogames e uma televisão de 32 polegadas, daquelas antigas, pesadas, com um tubo de imagem gigante. Deu muito trabalho. Desta vez, não vai levar nada para expor; vai levar apenas alguns itens para vender - ou, quem sabe, trocar, o que é muito comum neste tipo de encontro. Sua coleção, com cerca de 10 consoles de mesa e 300 jogos, vai ficar em Palhoça mesmo.
O designer gráfico mora em Palhoça há cinco anos. A coleção começou muito antes. Nascido em 1977, teve o primeiro videogame ainda criança, um “clone” do famoso Atari 2600, o aparelho que popularizou o videogame. Com o passar do tempo, foi ganhando novos consoles de presente dos pais e se divertiu com o “troca-troca” de aparelhos dentro de casa até os 20 anos de idade. “Aí, entrou o computador na minha casa, passei a emular e parei de usar console. Maior arrependimento que eu tenho na vida, deveria ter ficado com os aparelhos”, relembra.
Ainda bem que o mercado retrô movimenta saudosistas e aficionados no mundo inteiro e Cristiano pôde “recuperar” as paixões da infância, como os inesquecíveis Mega Drive, Master System e Super Nintendo. “Não me considero colecionador, de fato, porque colecionismo pra mim é muito amplo. Todo mundo coleciona alguma coisa: filme, livro, camiseta, tênis... Pra mim, o colecionador é aquele que quer ter tudo, várias versões da mesma coisa, e não é meu caso. Eu coleciono as coisas que eu gosto”, diferencia.
Cristiano garante que não tem um jogo ou um console favorito. “Eu gosto de tudo”, assegura. E sua coleção não existe para enfeitar uma estante, uma parede, um cômodo da casa; existe para ser desfrutada. “Por que eu continuo jogando, aos 41 anos? Porque eu gosto mesmo. Tem jogo que eu passei mais tempo jogando do que eu passei estudando a minha vida inteira”, diverte-se.
Mas a paixão pelos games vai além da diversão: é, também, uma forma de fazer novas amizades. Cristiano conta que o grupo de colecionadores do RetroSC (o grupo foi criado em 2016, através do aplicativo WhatsApp), que organiza o evento, “é um bando de caras que se juntou e disse: ‘Ah, vamos jogar todo mundo junto e compartilhar as coisas que a gente tem?’ Porque sempre tem alguma coisa que o outro não tem e tal”. Da paixão em comum, surgem novos amigos, novas experiências, e são elas que fazem toda a diferença. “O mais legal é a experiência de cada um com os jogos”, finaliza.
RetroSC
Criado em 2016, o grupo reúne colecionadores, entusiastas e amantes de tecnologia retrô, mais especificamente computadores e videogames dos anos 1970, 80, 90 e 2000. Além dos equipamentos, apreciam tudo que seja relacionado ao tema, como cartuchos, disquetes, fitas k7 de jogos, livros e revistas, periféricos e acessórios, etc.
Nos eventos, são expostos itens das coleções, onde o visitante pode conhecer verdadeiras relíquias eletrônicas, bem como jogar e relembrar bons momentos que teve com estes equipamentos. Nestes eventos, ocorre muita troca de informações, consertos, testes e muitas vezes até campeonatos.