A deputada estadual Dirce Heiderscheidt (MDB) tomou posse da coordenadoria da Bancada Feminina da Assembleia Legislativa na tarde desta quarta-feira (4). Durante a cerimônia foi apresentado o balanço das atividades da bancada nos últimos 16 meses.
Coordenadora desde março de 2017 até o presente momento, a deputada Luciane Carminatti (PT) destacou o trabalho realizado nas diversas regiões de Santa Catarina por meio do seminário “Pelo fim da violência contra a mulher”.
Ao todo, foram 12 eventos em diferentes regiões do estado com objetivo de conscientizar e chamar a atenção do poder público para a importância de políticas públicas voltadas à proteção da mulher catarinense. “Nós provocamos a bancada a sair da capital, ouvir as mulheres, conhecer a realidade da violência”, disse a deputada.
Em uma mesa centralizada à frente da plateia que acompanhava o evento, foram expostas as frases escritas por mulheres durante questionários realizados ao longo dos seminários pelo estado. "Chega de silêncio", "medo", "igualdade nos afazeres domésticos"e "piadas maldosas" foram algumas das frases destacadas.
A parlamentar ainda falou sobre o trabalho com foco nas mulheres camponesas que, segundo ela, são as que mais sofrem com a violência de gênero: “Outro ingrediente novo, além de sair da capital e ir para todas as regiões, é com relação ao debate da violência que ocorre no campo, com as camponesas, agricultoras, porque para elas os equipamentos públicos estão ainda mais distantes, então foi também um grande passo”.
Com a presença de diversas mulheres representantes de instituições agentes em defesa da mulher no estado, ao assumir a coordenadoria, a deputada de Palhoça Dirce Heiderscheid chamou atenção para o compromisso de dar continuidade ao trabalho realizado pela bancada e promover uma união maior entre os poderes em favor da mulher catarinense.
“Agora nos resta a responsabilidade de dar continuidade a esse trabalho, fazendo com que a gente faça uma união mais forte e mais precisa, juntamente com o governo do estado, para fazer com que o estado assine o Pacto Estadual da Lei Maria da Penha. Então precisamos da ajuda do Executivo, através da Secretaria de Assistência Social, da coordenadoria da mulher, do próprio governo, para nos receber e fazer uma pauta positiva para fortalecermos esse projeto de enfrentamento da violência contra a mulher”, afirmou a nova coordenadora.