Por: Willian Schütz*
Dirigir e viajar, essas são duas paixões de Mizael da Costa, morador da Barra do Aririú. Mas foi através da personalização de uma Kombi que o palhocense de 29 anos conseguiu mais conforto para viajar sobre quatro rodas, cruzando estados brasileiros. Recentemente, ele foi de ponta a ponta do país, passando pelo interior de sete estados. Tudo isso, após transformar a Kombi em uma espécie de trailer.
Em cerca de 30 dias de viagem, Mizael saiu de Palhoça para conhecer Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Durante esse mês na estrada, acompanhado do irmão, Mizael praticamente morou no seu veículo.
Acontece que, após muitas personalizações feitas pelo palhocense, juntamente com um amigo, a Kombi tradicional virou uma “casa motorizada”. A Kombi de Mizael conta com placas para captação de energia solar, baterias estacionárias, cama e fogão. “Praticamente tudo que tu tens dentro de uma casa, tem dentro daquela Kombi”, garante.
Segundo Mizael, a ideia de viajar pelo país já existia há muito tempo. “Eu sempre tive este desejo de estar caindo na estrada e de conhecer o Brasilzão. E eu já fazia algumas viagenzinhas de moto, mas eu queria um pouco mais de conforto, então, surgiu a ideia de montar um carro. Depois de muita pesquisa, eu consegui chegar na Kombi”, relata.
Depois de comprar a Kombi, o desafio foi montar um projeto para que o veículo suportasse cama, energia para carregar aparelhos, um fogão para cozinhar e até um banheiro para tomar banho e fazer necessidades.
Com tudo pronto, Mizael partiu para atravessar o país. “Agora que eu fiz essa viagem pro Nordeste, posso relatar que a estrada proporciona algo inexplicável”, argumenta. “Se conhece gente de todo jeito, que também gosta de viajar: gente que viaja a pé, de bicicleta, de moto, de carro normal, enfim, tu conheces muita gente”, completa.
Mizael também conta que está programando outras duas viagens: uma pelo Brasil e, na sequência, quer fazer “o ponta a ponta das Américas”. Esse desejo já existia, mas foi adiado em função da pandemia, por causa do bloqueio de fronteiras.
“Tem tanta coisa linda e tanta gente boa neste Brasilzão… Pessoas que param para conversar, para trocar uma ideia, e eu acho que isso que é o bacana de tudo. Tu conhecer pessoas, fazer amizades, isso que é o legal, é isso que vai ficar: as histórias pra gente contar”, diz o viajante de Palhoça, destacando que, para viajar, mais do que questões materiais, o que faz a diferença é ter muita força de vontade.
* Sob a supervisão de Alexandre Bonfim
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