Por: Willian Schutz*
No bairro Bela Vista, há uma rua chamada José Clemente de Macedo. Bastante popular, o logradouro é conhecido pelos moradores da região como “Rua da Vala”. O local costuma ser tranquilo, mas, segundo munícipes, há perigo no trânsito para quem entra ou sai desta rua, no sentido da rodovia BR-282.
Acontece que a principal entrada para a rua José Clemente de Macedo fica no cruzamento entre uma marginal e a própria BR-282. Por conta disso, os motoristas que vêm e vão pela rodovia federal, os que entram e saem da Rua da Vala e os que vêm da marginal situada ali acabam, em muitas situações, tendo de fazer manobras que exigem atenção triplicada e podem ser arriscadas.
“Há algum tempo atrás, eles fizeram uma marginal aqui perto da nossa casa. Agora, a gente tem que acessar a BR-282 indo por esta marginal, indo até perto da Rua da Vala”, conta Daiani Nascimento, que mora e transita diariamente na região.
A moradora ressalta que vê perigo nesse pequeno trecho, pois muitos dos veículos que têm de ir à José Clemente de Macedo precisam atravessar na frente de outros carros, que vêm em diferentes direções. “A questão é a seguinte: lá, tu tens que ficar de olho nos carros que estão vindo da BR para essa rua e acabam cortando a frente de quem está vindo da marginal, e tem que cuidar dos carros que estão vindo da Rua da Vala para acessar a BR, que tem dois sentidos”, argumenta Daiani.
Na última quarta-feira (23), o drone da reportagem do jornal Palavra Palhocense sobrevoou a região do cruzamento da Rua da Vala, registrando imagens. Durante os registros no local, um acidente quase aconteceu, alertando ainda mais sobre os perigos do trecho. O vídeo foi postado nas redes sociais do jornal.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) se manifestou dizendo que tem conhecimento da situação e que faz fiscalizações frequentes na região, mas que o problema ali é estrutural. “Pela complexidade da situação, temos até poucos acidentes”, manifesta a PRF.
Apesar de arriscada, a manobra é legal, não fere o Código Brasileiro de Trânsito. “O que temos ali no local é um tipo de código de conduta que os motoristas têm entre si, de respeitar, porque realmente a sinalização é precária: tem que melhorar muita coisa”, expressa a PRF.
As questões estruturais da região são de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). O Dnit afirmou que já existe um Estudo de Viabilidade Técnica e Ambiental para melhorar esse trecho da BR-282 em Palhoça, a Via Expressa e a parte da rodovia que vai até o Oeste do estado.
* Sob a supervisão de Alexandre Bonfim
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