Conforme a lei 9.970/2000, o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes é celebrado em 18 de maio. A data foi determinada como uma forma de homenagear a memória da menina Araceli Crespo, que, aos oitos anos de idade, foi sequestrada, violentada e assassinada neste mesmo dia no ano de 1973.
Infelizmente, em todo o país, muitas crianças e adolescentes são expostos a variadas formas de violência em ambientes como a escola ou mesmo dentro de casa. Para enfrentar esse problema de forma efetiva, é necessária a união entre a administração pública e as famílias.
Em Palhoça, a Secretaria de Assistência Social desenvolve, por meio do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), um atendimento especializado para pessoas em situação de risco social. Nesse trabalho, um dos pontos principais é a não culpabilização da criança ou do adolescente e a identificação correta dos elementos e situações de risco que possam estar acontecendo.
De acordo com Priscila Cardoso, gerente de Média Complexidade da Secretaria de Assistência Social, “é importante ressaltar que a violência sexual contra crianças e adolescentes pode ocorrer em várias idades e em todas as classes sociais”. “Na grande maioria das vezes, as vítimas não têm a percepção correta do que é o abuso sexual. Por isso, é fundamental o papel da família no combate a essa situação”, reflete.
De forma geral, existem duas formas diferentes de exploração: o abuso sexual, em que a criança é utilizada por um adulto ou um adolescente para a prática de atos de natureza sexual; e a exploração sexual, que ocorre quando as crianças e adolescentes são utilizadas com propósito de obtenção de lucro em atividades como o turismo sexual ou a prostituição.
A identificação da violência sexual infantil, muitas vezes, não ocorre de maneira imediata. Existem, porém, algumas mudanças de comportamento que podem indicar que alguma situação de abuso está ocorrendo. Quando a criança começa a ter medos que não tinha antes, não quer fazer nenhuma atividade, foge de qualquer contato físico, chora sem motivo ou não quer ficar perto de algum familiar especificamente, pode indicar que ela está sendo vítima de algum tipo de exploração sexual.
Para ampliar o debate sobre esse importante assunto, até o dia 18 de maio a Secretaria de Assistência Social realizará diversas ações de conscientização. Denúncias sobre abusos podem ser realizadas através do Disque 100 e quem está sofrendo violência e busca atendimento especializado pode procurar diretamente o Creas, localizado na Avenida Rio Branco, número 763, ou entrar em contato através do WhatsApp (48) 3220-0423.
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