Thiane Aparecida Zimermann, de 24 anos, quando entrou para o curso de fisioterapia na Unisul Pedra Branca (Palhoça) não imaginava que em 2020, ano da sua formatura, também seria um ano de desafios com a pandemia de coronavírus. Thiane, que atua na área cardiorrespiratória com pacientes com Covid-19, disse que decidiu ser fisioterapeuta ainda no Ensino Médio quando trabalhou como bolsista na Apae de Santo Amaro da Imperatriz (SC). “Lembro que na época eu fiquei encantada de ver o despertar de cada paciente após ter contato com a fisioterapia”.
A egressa da Unisul disse que está atendendo, atualmente, pacientes a domicilio com Covid-19, pós Covid e também nos hospitais Imperial Hospital de Caridade e Hospital São Francisco de Assis. “Sinto como uma oportunidade de mostrar o meu trabalho, de precisar pensar rápido e de fazer o meu melhor dentro das condições que temos hoje”, ressalta a fisioterapeuta.
Thiane conta como foi uma das suas experiências com o paciente Paulo, que estava internado com Covid-19.“O seu Paulo renasceu, uma segunda chance de vida. Quando iniciei os atendimentos ele se encontrava de forma gravíssima, com grande desconforto respiratório, episódios de sudorese noturna, se alimentando pouco, e desacreditado nele mesmo.
Mas os dias foram passando e com o tratamento a saturação foi aumentando. Existia a possibilidade de precisar ir para a UTI, porém no meu íntimo eu sabia que ele não iria ser entubado. Algo me dizia: apenas continue… E foi assim, dias incessantes porém com fé que teria um final promissor. E teve. Seu Paulo está em casa, ainda se adaptando a nova rotina e a vida pós Covid-19”.
Para Thiane, atuar na área da saúde neste momento de pandemia é um desafio diário, mas um desafio que vale a pena ser vivido. “São dias com horário para entrar e sem horário para sair do trabalho, porém o coração preenchido por saber que são vidas que dependem da fisioterapia para ter um pouco mais de conforto. Creio que esse momento exige mais do que experiência e sim ter empatia com os pacientes e amor a profissão escolhida”.
A cada paciente, a egressa diz ter uma sensação de preenchimento, de gratidão, e superação. “Não existe um script, um protocolo X que dá certo com aquela pessoa, ela é única. Ver o paciente recebendo alta, é sentir que traçamos o caminho”.
Thiane já tomou as duas doses da vacina, mas diz que mesmo assim tem se cuidado utilizando os IPI’s de forma disciplinada, já que mesmo tomando a vacina o contagio ainda pode acontecer.
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