Por: Willian Schütz
Toda a experiência de leitura começa pela capa. Com os jornais, a regra é a mesma: a capa é o primeiro contato que o leitor tem com aquela edição. Prestes a chegar à milésima edição, o jornal Palavra Palhocense já teve muitas capas marcantes - com fotos impactantes ou notícias que marcaram a história do jornal e da cidade. Em clima de contagem regressiva para a edição 1.000, a equipe do jornal Palavra Palhocense revisitou algumas dessas raridades e analisou os estilos gráficos adotados ao longo dos anos.
Antes de falar das capas, é preciso lembrar das origens do Palavra Palhocense. O veículo surgiu como um tipo de reformulação antigo jornal “O Palhocense”. O precursor foi fundado na década de 1980, por João José da Silva.
Nas edições oitentistas, as capas eram impressas totalmente em preto e branco — tal como o miolo da edição. O logotipo inicial era mais arredondado, trazendo o nome “O Palhocense”. Há quem lembre também do “mascote” que ilustrava o periódico: um caranguejo, alusivo ao mangue palhocense, um verdadeiro símbolo da identidade local. Essa identidade visual foi tendo variações, mas permaneceu com o mesmo conceito nas décadas de 1980 e 1990.
Em 2005, o filho de João José da Silva, Alexandre Bonfim, assumiu a missão de reformular o jornal mais longevo de Palhoça. Junto com a equipe que integrava a redação do jornal naquela época, ele buscou uma nova identidade e um modelo de negócio renovado para o semanário.
Ainda assim, a essência do jornal se manteve, com foco no jornalismo local e acessível à comunidade. Formado em Jornalismo pela UniSul, Alexandre trouxe um olhar novo para o que já tinha virado tradição entre os palhocenses: folhear o jornal impresso às quintas-feiras. Enfim, começava a circular o veículo com um novo nome “Palavra Palhocense”.
De pronto, a nova identidade visual surgiu intrinsecamente ligada à cidade. Datada de julho de 2005, a primeira capa do Palavra Palhocense já tinha a mescla das cores azul, laranja, branco e preto. No entanto, agora a figura do caranguejo deu espaço à silhueta do Morro do Cambirela, um dos cartões-postais mais memoráveis de Palhoça.
Ao longo dos anos, o veículo se modernizou e ganhou novas facetas, incluindo as versões digitais e os conteúdos produzidos para múltiplas plataformas. Tudo isso inspirado, segundo Alexandre Bonfim, no projeto gráfico feito para o jornal por Saulo Deboni, com as cores que se tornaram marcantes no Palavra Palhocense. O logotipo com silhueta do Cambirela prevalece no topo da capa do tabloide. Em destaque, as principais manchetes, com letras em negrito. Ao redor da foto marcante da semana, os anunciantes são uma amostra do comércio local. Esse é o layout que estampa a capa de cada semana.
Apesar das transformações, a identidade visual do Palhocense segue intimamente ligada à cidade e acena para o legado deixado pelo antigo jornal “O Palhocense”. Com essa linha criativa, o veículo segue em contagem regressiva para a edição de número 1.000.
20/03/2025
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