Por: Sofia Mayer*
Na comunidade do Mar Aberto, na Pinheira, o problema da vez é o uso incorreto dos contêineres de lixo. De acordo com denúncias de leitores, as lixeiras instaladas pela Prefeitura estariam sendo usadas por munícipes para descarte de restos de obras, podas de árvores e materiais recicláveis de grande porte. Os recipientes, porém, são destinados apenas a rejeitos e resíduos domiciliares comuns.
O presidente da Associação de Moradores Mar Aberto, Valdir Paschoal Fraga, relata que o lixo domiciliar acaba ficando espalhado em torno das lixeiras, causado forte odor e aspecto desagradável: “Com a agravante que isto provoca um desgaste bem mais rápido dos contêineres, gerando despesas extras para os contribuintes”, comenta. Uma das sugestões dos membros é que as lixeiras venham com divisórias para dificultar a colocação de objetos inadequados.
Segundo uma nota da associação, os diversos contêineres espalhados pela região são uma iniciativa interessante da Prefeitura, que poderia render ainda mais benefícios para a sociedade e para o meio ambiente se fossem utilizados de forma adequada: “Temos uma dificuldade enorme em conseguir que bons projetos vindos dos Órgãos Públicos se tornem realidade, quando isto acontece, parcela significativa da sociedade trabalha para que não dê certo”, escrevem.
Já a Samae ressalta que os contêineres apresentam sinalização para que apenas lixo doméstico, como restos de alimentos e lixo de banheiro, seja despejado. Em outros casos, a companhia orienta que o proprietário chame uma empresa especializada para fazer o descarte correto.
Lixo solto, eletroeletrônicos, entulhos, resíduos do serviço de saúde, madeiras, pilhas e baterias, pneus e borrachas, tintas e solventes, vestuários e têxteis não são permitidos nos recipientes.
Lixo a céu aberto
No bairro Bela Vista, o problema dos descartes é outro. É que faz mais de três meses que ruas no loteamento Vale Verde estão servindo como depósito de lixo a céu aberto. Relatos de leitores dão conta de que, todos os dias, novos despejos - que incluem restos de móveis, entulhos e resíduos orgânicos - estariam acontecendo, dificultando inclusive a passagem pelo local.
Uma das áreas mais afetadas fica no final da avenida Paulo Roberto Vidal, próximo aos condomínios. Com parte do loteamento ainda em obras, não se sabe ao certo de onde o entulho vem: “Talvez de alguma empreiteira, pois tem muito resto de obra”, supõe uma popular, que costuma caminhar diariamente pelas vias. Ela afirma, ainda, que a situação tem piorado nas últimas semanas.
Fiscalização
Em caso de depósito de lixo em terreno particular, a Prefeitura esclarece que a fiscalização de posturas notifica o proprietário, cadastrado no sistema do município pelo Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU). Quando o dono não realiza a limpeza, porém, a Secretaria de Serviços Públicos é acionada, e o procedimento é feito e lançado no IPTU do cidadão.
Em situações em que há flagrante de entulho depositado em via pública, a Secretaria também é acionada para realizar a retirada dos materiais.
A Prefeitura foi questionada sobre a situação do lixo e previsão para limpeza no loteamento, mas não se pronunciou até o fechamento da reportagem.
* Sob a supervisão de Alexandre Bonfim da Silva