O inverno chegou e com ele também a preocupação com os animais de estimação. Afinal, quais são os cuidados necessários que devemos ter com eles nos dias mais frios para garantir a saúde e o bem-estar? Médica veterinária e coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Faculdade de Tecnologia Nova Palhoça (Fatenp), Róli Rodrigues Simões dá dicas preciosas para o cuidado com os “pets”.
Roupas
São muito bem-vindas e necessárias, especialmente para os mais velhos, que, por problemas nas articulações, como a artrose, sentem mais dor no local pelo frio. Além disso, os mais magros e de pelagem curta também são mais sensíveis às baixas temperaturas.
Raças de pelo longo, como poodles, yorkies e malteses não têm subpelo e também precisam de um cuidado extra. Já para os gatos que não gostam de usar roupas, a alternativa é deixar camas ou tapetes com cobertinhas para se aquecerem. As roupas devem proteger especialmente a região do tórax e devem deixar o animal confortável.
Disponibilize um lugar seco e quente
Caso não possa deixá-lo dentro de casa, o ideal é fornecer ao animal um local coberto e protegido do vento e da chuva. O melhor é oferecer uma casinha (também protegida) com cobertas no interior. É possível improvisar com uma bacia ou caixas de papelão forradas com panos.
Além disso, evite pisos frios, colocando colchonetes, jornais, cobertores ou roupas velhas no chão.
Cuidados com o banho
No inverno, pode-se diminuir a frequência de banhos, que, de preferência, devem ser com água morna (cuidado com a água quente demais). Nos dias mais frios, não molhe o animal.
Após o banho, é imprescindível secá-lo. Se for ao sol, escolha dia e horários mais quentes, mas antes retire o máximo da umidade possível com uma toalha. Se for usar o secador, cuidado com a temperatura.
Após o banho, é necessário esperar cerca de 30 minutos até que o animal saia na rua, para evitar o choque térmico.
Tosa
Além de estética, também se refere à saúde do animal, pois evita-se que haja acúmulo de sujidades em regiões mais propensas, como nas genitálias e patinhas, por exemplo.
Se o animal é acostumado a fazer a tosa, pode-se manter a rotina no inverno, o que muda é o tamanho do corte, ou seja, apenas apara-se as pontinhas dos pelos, mantendo a maior pelagem para proteção no frio.
Além disso, em cães idosos ou que dormem fora de casa, é importante evitar a tosa, já que com a pelagem terão a proteção natural garantida.
Exercícios
São excelentes para a saúde dos nossos amiguinhos e nossa também. O que deve ser levado em consideração é evitar sair nos horários mais frios com os animais.
Vacinas
O período do inverno é um momento de forte fonte de disseminação de doenças como gripes e pneumonias. Assim, é importante ficar atento com a carteirinha de vacinação de seu pet e, se não é vacinado ainda, procure o médico veterinário. Nessa época, a imunidade dos animais normalmente diminui, o ideal é vacinar em período em que o forte do inverno ainda não chegou.
Além disso, evite deixar seu pet em locais aglomerados. Caso suspeite que seu animal esteja doente (com sinais como falta de apetite, prostração), procure imediatamente o médico veterinário e nada de receitas caseiras.
Alimentação
Pensar que o animal estará mais protegido do frio se comer mais e assim terá uma “capinha de gordura de proteção” é um erro muito grande. Cada um tem uma quantidade ideal de comida a ser oferecida, em função da raça e tamanho, por exemplo, que independe da estação do ano. A supernutrição pode levar à obesidade e a outros danos para o animal. Procure o médico veterinário e este indicará a quantidade ideal de ração.
Dica mais quente
Sempre ofereça um abraço bem caloroso ao amiguinho, brincar com ele fará bem aos dois. Afinal, quem não curte um abraço de quem amamos?