Por: Willian Schütz*
Na última quarta-feira (11), uma manifestação ocorreu na avenida Aniceto Zacchi, principal via da Ponte do Imaruim. Segundo os apoiadores presentes, o objetivo do ato foi chamar a atenção do poder público para o planejamento das mudanças feitas naquela localidade, pois alguns comerciantes da região vêm perdendo espaço em seus estacionamentos, após a recente revitalização da avenida.
Utilizando apitos e carregando cartazes, os manifestantes iniciaram o ato às 18h. Por cerca de 35 minutos, em torno de 40 pessoas pararam o trânsito da via mais movimentada da Ponte do Imaruim.
Em certo momento, a Guarda de Trânsito de Palhoça (GTP) chegou ao local e negociou uma breve paralisação do “apitaço”. Assim, o trânsito fluiu por alguns minutos, até a mobilização tomar novamente um trecho da avenida. Após a retomada, os cartazes permaneceram erguidos por mais oito minutos. Além da GTP, uma viatura da Polícia Militar também acompanhou o protesto.
Um dos comerciantes presentes, Rogério Cardoso, o Rogerinho, afirma que a finalidade do movimento foi fazer uma reivindicação para que o poder público dê atenção ao ponto de vista dos comerciantes. “Ninguém está querendo tirar as calçadas, estamos falando sobre a forma como foram feitas essas calçadas, privando o estacionamento nas lojas privadas dali”, completa Rogerinho, ressaltando também que acha que as calçadas estão ficando “muito bonitas”. “Mas, do jeito que eles estão fazendo, dificulta para quem tem comércio ali”, reclama.
No local, para saber parte da opinião pública, a equipe de jornalismo do Palavra Palhocense abordou alguns pedestres que nada tinham a ver com a mobilização. Todas as sete pessoas entrevistadas disseram que gostaram da revitalização.
Desde janeiro, a Prefeitura Municipal de Palhoça vem promovendo uma série de ações de revitalização na avenida Aniceto Zacchi, que é a via com maior fluxo de circulação na Ponte do Imaruim e conta com aproximadamente 1,3 quilômetro de extensão. Estão sendo investidos cerca de R$ 2,2 milhões para a viabilização da obra, captados junto à Caixa Econômica Federal, através do Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento.
A primeira etapa, que já foi concluída e contemplou mais de 300 metros, foi tema debatido pelos manifestantes. De acordo com relatos de participantes do ato, as ciclofaixas e as áreas para trânsito de pedestres com deficiência visual deveriam ser revistas. A Prefeitura justifica que está seguindo a tendência do urbanismo moderno, dando prioridade para o fluxo de pedestres e ciclistas, com a intenção de transformar o passeio público em uma grande área de convivência.
* Sob a supervisão de Alexandre Bonfim
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