Finalmente, está chegando a hora da legião de fãs da banda Combat presenciar o reencontro da turma que embalou toda uma geração de palhocenses com o calor do rock’n roll, quase 20 anos atrás. Em julho do ano passado, o jornal Palhocense comunicou aos leitores que a banda voltaria a se reunir para a gravação do DVD “Nossa História”, um resgate da trajetória musical da Combat, que estourou nas rádios - e nas ruas - de Santa Catarina no início do século (acesse o endereço bit.ly/2XDDR19 e releia a matéria na internet). A gravação acontece neste sábado (13), às 23h30 (os portões abrem às 22h), na Mansão Luchi.
No palco, diante das câmeras, Renato Pinho (vocal), Naldo Catambuco (guitarra solo), Rodrigo Fá (guitarra base), Gigio (bateria) e Mersinho (baixo) vão interpretar 27 canções autorais. A maioria das canções escolhidas faz parte do repertório incluído nos dois álbuns que a banda lançou, e tem mais seis músicas que não foram lançadas oficialmente.
Os ensaios começaram em setembro do ano passado, e o ritmo foi acelerado nas últimas três semanas. “No início, a gente mudou bastante música, tentando mudar um pouco os arranjos, e nisso a gente perdeu um pouquinho de tempo em cada música específica, mas depois a gente foi dando uma sequência e foi andando melhor”, observa o guitarrista Rodrigo Fá.
Além da proximidade da data de gravação, os ensaios foram intensificados porque a banda precisou substituir o baixista Nino Martins, que não vai poder participar do evento. O substituto escolhido foi o multi-instrumentista Mersinho, que cresceu ouvindo a Combat na Barra do Aririú. “Só tem a somar positivamente a entrada do Mersinho. Tem muito músico bom em Palhoça, mas ele tem um carinho pela banda que muitos músicos que poderiam vir a ocupar esse lugar não teriam, esse carinho, essa atenção e o comprometimento com a parada”, comenta Renato Pinho.
Mersinho começou a ensaiar há três semanas e já está bem ambientado ao grupo. “Aconteceu um imprevisto com o Nino, que não pôde tocar, e eles me chamaram e eu topei o desafio”, diz o baixista, que é baterista, de origem. “Conheci eles, primeiro, por ser fã da banda. A minha geração fazia cover das músicas deles nos shows”, relata Mersinho, que “subiu ao palco” em um show da Combat quando ainda era criança, durante um festival de Carnaval. Mas não foi para tocar com eles, como agora: ele se perdeu da família no meio da multidão e foi levado ao palco para que a família pudesse reencontrá-lo.
É apenas uma entre tantas histórias que serão revividas na noite deste sábado. Na plateia, estarão pais que levarão os filhos para conhecer a banda que embalava as noites do final de semana da juventude deles; casais que se conheceram em show da Combat e que irão reviver o início do relacionamento; entre tantas outras histórias. “O pessoal não vai lá pra um concerto de rock, eles vão lá por causa da banda. Todo mundo que está lá tem uma história com a banda e conhece as músicas”, destaca Renato. “Os fãs estão mais ansiosos do que a gente”, diverte-se Rodrigo Fá.
Na verdade, será um momento emocionante para todos, para o público e para os artistas, que vão resgatar 28 anos de um trabalho inesquecível. Um momento aguardado com muita expectativa. “O friozinho na barriga vai dar na hora que a gente estiver ali no camarim”, diz o baterista Gigio. “Na verdade, não é nem friozinho na barriga, é a ansiedade que bate. Não é nem por medo, mas pela vontade de estar lá tocando”, emenda Rodrigo.
Como é um show histórico, a Combat vai contar com participações especiais: Jaques, o primeiro vocalista da banda, e Sandro Cabeça, baterista da formação original, também vão participar do espetáculo, subindo ao palco para integrar o grupo em canções específicas. O violinista Thiago Rocha é outro convidado que vai ajudar a abrilhantar a festa.
O DVD deve ficar pronto em setembro, um ano depois do início dos ensaios. Depois do evento de gravação na Mansão Luchi, a banda já está estruturando uma agenda de shows para divulgar o DVD e um disco de vinil que será lançado paralelamente, com o mesmo show - atenção, colecionadores: são apenas 100 cópias! E depois disso? “Tem muita gente que acha que a banda vai voltar. Para eles, não está sendo só a gravação de um DVD, para eles a banda está voltando à ativa”, observa Renato Pinho. O futuro da banda, só os deuses da música é que sabem!
A banda
Renato Pinho - Vocal
Naldo Catambuco - Guitarra solo
Rodrigo Fá - Guitarra base
Mersinho - Baixo
Gigio - Bateria
Participações especiais
Thiago Rocha - Violino
Jaques - Primeiro vocal da banda
Sandro Cabeça - Primeiro baterista da banda
Assista ao clipe de “As Margens da Cidade”