Insegurança na Ponte do Imaruim
Texto: Isonyane Iris
A situação de insegurança continua sendo vivida pelos moradores próximos de um antigo posto de gasolina abandonado na rua Aniceto Zacchi, na Ponte do Imaruim. Vítimas de constantes furtos e assaltos, eles se sentem inseguros e temem que a falta de uma providência imediata facilite ainda mais os crimes na região.
No ano passado uma matéria já havia sido feita relatando a insegurança que os moradores estavam vivendo, com a presença de usuários, traficantes e garotas de programa que haviam tomado conta do local abandonado. "A nossa rua está totalmente desprotegida, são furtos pequenos e grandes que estão nos assustando. Casas, entidades de ajuda a dependentes químicos, veículos, comércio, não importa se é de dia ou à noite, temos sido vítimas diárias desses criminosos. Pedimos por segurança e proteção, não tem sido fácil viver com medo de que a qualquer momento um indivíduo pode entrar na nossa casa e pegar o que quiser da maneira que quiser", comenta Eliane Glanzel Alves Machado, uma das moradoras, em um áudio enviado ao 16º Batalhão da Polícia Militar, como pedido de ajuda.
Os moradores têm visto suspeitos rondando as casas, como se estivessem observando para depois furtar. "Teve uma noite em que vi três homens rondando as casas e observando casa por casa, eu cheguei a ligar para a PM, que mandou uma viatura. Infelizmente, no dia seguinte soubemos que a casa de repouso tinha sido roubada. Acredito que se eu não tivesse chamado a viatura, eles teriam invadido outras casas", conta Silvio Ricardo dos Santos. "Com certeza precisamos de uma providência com urgência, a cada dia está ficando mais difícil a nossa segurança. Nos sentimos desprotegidos, pedimos por favor que as autoridades tomem uma providência e que principalmente façam alguma coisa para que os donos da estrutura onde funcionava o posto de gasolina sejam penalizados pelo abandono do local", pede Eliane.
Por se tratar de uma rua de moradias antigas, os moradores acreditam se tornar alvo perfeito para furtos e assaltos. Sem conseguir transitar próximo do posto em alguns horários, como no final da tarde, os moradores contam que todo cuidado tem sido pouco. "Durante o dia já é perigoso, ainda mais no final de tarde. Volto do trabalho as 19h e sempre peço para o meu marido me buscar. Uma vez que passei por ali já fui abordada por dois homens pedindo fogo para o cigarro, como tinha outras pessoas passando por ali, eu comecei a andar bem rápido, então cheguei em casa morrendo de medo", conta Fernanda de Souza.
A Prefeitura informa que a responsabilidade de cercamento é do proprietário do imóvel e que a fiscalização de posturas vai verificar o local nos próximos dias e intimar o dono, caso necessário, de acordo com o cadastro municipal.
A Secretaria Municipal de Assistência Social já esteve no local na tentativa de encaminhar os usuários para suas residências ou para tratamento de saúde nos Centros de Atenção Psicossocial do município, porém, não tem poder de polícia para obrigá-los.
A respeito dos furtos, a Secretaria Municipal de Segurança Pública esclarece que a Polícia Militar pode agir mediante o flagrante do crime e que, portanto, é uma responsabilidade do estado. No entanto, a Prefeitura informa que apoia constantemente as instituições que atuam na segurança pública da cidade cedendo veículos para viaturas ou implantando agentes de trânsito que permitem aos policiais focar no combate à criminalidade.
Segundo o major da PM Marcello Wagner Schlischting, sub-comandante do 16º Batalhão de Polícia Militar, será realizado um "pós-crime", o que consiste em verificar os pontos vulneráveis do local. "Feito o relatório, ele apontará as falhas e possibilidades de melhorias que ultrapassam as questões de segurança pública, como por exemplo, a construção de um muro para impedir a entrada de andarilhos, etc", adianta o major, destacando que o prazo para a conclusão do estudo é esta sexta-feira (26).
ASSALTO NO CENTRO
A presença de moradores de rua e usuários de drogas também traz consequências desagradáveis à população e aos comerciantes do Centro de Palhoça. Esta semana, na madrugada de sábado (27) para domingo (28), uma barraca dos camelôs situados ao lado do antigo prédio da Prefeitura foi arrombada. "Cheguei aqui na segunda-feira (29), às 7h, e a porta estava arrebentada e não tinha um palito de mercadoria nas prateleiras. Estouraram a grade e estouraram a porta com cinco cadeados", relata o proprietário do quiosque assaltado, que vai precisar arcar com um prejuízo estimado em cerca de R$ 25 mil.
"O companheiro perdeu toda a mercadoria, está desanimado, não está querendo mais trabalhar com camelô, e aí fica uma família sem trabalho? Nós queremos uma providência, precisamos do apoio do poder público", observa outro comerciante do local, Antônio Carlos Pereira dos Santos. "Tô indignado, já fui roubado quatro vezes aqui. Meu amigo acabou de ser roubado. Os moradores de rua tomaram conta. Está um caos isso aqui. Está tudo estragado, não temos dinheiro para arrumar, o prefeito não ajuda em nada, nem para trocar uma lâmpada na rua, à noite não se vê nada, aí os bandidos arrombam com tudo, e o que a gente vai fazer, quem vai pagar esse prejuízo?", diz outro comerciante, Itamar Rodrigues, que também calcula em cerca de R$ 20 mil o prejuízo com os assaltos de que já foi vítima.
Os comerciantes avaliam que a presença maciça de moradores de rua na região central de Palhoça é um problema que contribui diretamente para a falta de segurança nas lojas e residências. "A situação aqui não está boa. A gente sai para casa, para descansar, e a gente não sabe se vai encontrar o quiosque com as mercadorias na volta. A gente não se sente seguro. Infelizmente, os moradores de rua estão aí, vêm aqui, dormem, ficam à vontade aí, usam água, e não dá para confiar em quem usa drogas. Mesmo que eles não mexam em nada, facilitam para outros mexerem, porque o pessoal vê que não tem polícia nem ninguém para tomar uma providência", emenda Antônio Carlos.
PRISÃO (1)
Um suspeito de 26 anos foi preso cautelarmente em uma casa na Praia do Sonho, na manhã de sexta-feira (26), durante a operação "Cobra Dourada", na Polícia Civil. A operação, da delegacia de Santo Amaro da Imperatriz, teve como objetivo o cumprimento de mandados de busca e apreensão e de prisão temporária em virtude de um crime de homicídio qualificado praticado em Santo Amaro no dia 6 de janeiro.
Durante as buscas, foram encontradas evidências que comprovam a participação do suspeito no delito, bem como certa quantidade de maconha.
O crime
Uma jovem, de 22 anos, foi morta com um disparo de arma de fogo na localidade da Cobrinha de Ouro, no bairro Braço do São João. A motivação seria desavenças com traficantes. As investigações apontaram como suspeito o morador de Palhoça.
"Imagens angariadas pela Polícia indicaram com precisão a identidade do investigado, que já possui passagem policial por tráfico de drogas", explica o delegado Rodrigo Mayer. Segundo o delegado, o inquérito policial está em fase adiantada e será encaminhado ao Poder Judiciário assim que concluídas as diligências faltantes.
A ação contou com apoio de policiais civis de Palhoça.
PRISÃO (2)
A Polícia Civil, através da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Palhoça, na última terça-feira, 23, cumpriu mandado de prisão temporária em desfavor de uma mulher, por envolvimento em um homicídio ocorrido em novembro do ano passado, no bairro Laranjeiras. A vítima foi encontrada morta, por disparos de arma de fogo, em uma área de mata. Um homem, considerado comparsa da suspeita, foi preso na Guarda do Embaú. "As investigações apontam que o casal arquitetou e executou a jovem", explica um policial.
PRISÃO (3)
A Polícia Civil prendeu um homem de 33 anos no Caminho Novo, na quarta-feira (24). Ele cumpria pena por crimes contra o patrimônio, em regime semiaberto, na Colônia Penal Agrícola de Palhoça. No início do ano, após ser agraciado com a saída temporária de sete dias, não retornou do benefício. A partir de então, passou a ser considerado fugitivo.
Colabore com a Polícia Civil através do Disque Denúncia, pelo número 181. As ligações são gratuitas e anônimas.
MORTE NA COLÔNIA PENAL
Um detento da Colônia Penal Agrícola, no Bela Vista, foi encontrado sem vida no domingo (28). O Departamento de Administração Prisional (Deap) investiga as circunstâncias da morte.
ACIDENTE
Um homem de 35 anos morreu em um acidente no km 229 da BR-101, entre o Morro dos Cavalos e a Enseada de Brito, na manhã de segunda-feira (29). Ele estava sozinho em um Renault/Sandero, com placas de Garopaba, e trafegava no sentido Norte da rodovia quando o carro capotou (provavelmente após colidir com uma mureta).