Para quem gosta de folia, o Carnaval deste ano está recheado de atrações em Palhoça. Seja na rua ou no salão. Tem agito na Mansão Luchi e na May Bear, e ainda tem a volta do tradicional Baile Verde e Branco do Clube 7 de Setembro.
O Clube 7 sempre foi uma das maiores referências do Carnaval de Palhoça. Nos arquivos do projeto Memória Palhocense, que vem relembrando a história da cidade nas nossas redes sociais, há inúmeros registros dos bailes promovidos pela entidade. "O único ano que não aconteceu foi no ano passado, que teve o Baile Infantil e não teve o Verde e Branco. Eu acho interessante resgatar o Carnaval de salão e os bailes da grande sociedade, não só o Verde e Branco, mas também o Baile Branco, o Baile de Debutantes, que faz tempo que a gente não tem. O clube tinha um calendário que todo mundo sabia, com o Baile das Mães, o Baile dos Pais, Baile Junino, e aí aconteciam os demais. Já teve até baile de réveillon", comenta o vice-prefeito de Palhoça, Amaro Junior.
O ex-prefeito e ex-presidente do clube Ronério Heiderscheidt segue a mesma linha de pensamento. "Estamos imbuídos de resgatar todos os grandes eventos realizados no centenário Clube 7, onde a maioria dos palhocenses já esteve para festejar aniversários, casamentos, formaturas, bailes de debutantes e momentos de extrema importância da nossa cidade. Já subiram no palco do Clube 7 o Cassino de Sevilha, Francisco Petrônio, 3 do Rio, The Fevers, Renato e Seus Blue Caps, Vips, Ângelo Máximo, Jessé, Moacir Franco, Wanderlei Cardoso, Jerry Adriani, Os Serranos, Gaúcho da Fronteira, etc... E hoje o foco é restabelecer a força do tradicional Carnaval da sociedade, do mais luxuoso de Santa Catarina, com o Verde e Branco das segundas-feiras no Clube 7 e com a histórica volta na Praça Sete de Setembro. Convidamos toda a comunidade a participar, para fazermos novamente uma grande festa", expressa Ronério.
Quem sabe algum dia retornem também os concursos de fantasia? Uma tradição que se perdeu ao longo do tempo, para tristeza de quem fazia questão de participar, como o artista plástico Wando Cunha, que faturou todos os concursos da região entre 1997 e 2001. Uma fantasia que ele criou em homenagem ao tenista manezinho Gustavo Kuerten chegou a vencer o prestigiado concurso do Hotel Glória, no Rio de Janeiro; outra fantasia campeã que até hoje é lembrada com saudoso entusiasmo é "A Ponte Pede Socorro". "Fui campeão em cinco anos consecutivos de todos os concursos de fantasia oficiais de Santa Catarina. Sou hors-concours. Desfilei com um monte de gente fera, muito legal: Valdir Agostinho, Nériton Martins, Laércio, Duduco... A gente fazia parte de toda uma história muito bacana. O baile municipal visava sempre despertar a arte no povo que gostava de Carnaval mesmo. Eu ficava muito feliz, muito ansioso para que chegasse o dia e eu pudesse mostrar as invenções. Foi um tempo muito bacana na minha vida", reflete Wando.