Cachorro-quente, pipoca, pé de moleque, algodão doce, rapadura e claro, fogueira, brincadeiras e muita música. Essas foram as atrações da festa junina realizada na comunidade do Frei Damião, no dia 18 de junho. Uma iniciativa do Projeto Cidades Invisíveis, que contou com a colaboração e o apoio de mais de 25 voluntários.
Foi um mês de preparação, onde moradores da própria comunidade e voluntários do projeto se organizaram em prol da festa junina. Enfeites e bandeirinhas foram colocados por toda a comunidade, deixando todos em clima de festa. “Estava tudo lindo. Eu amei participar, foi uma festa muito boa, com muita coisa boa para comer”, elogia a pequena Maria Júlia, de 10 anos.
Os voluntários estavam sem ir à comunidade por conta de uma greve. Com a chegada do inverno, a coordenadora cultural do projeto Cidades Invisíveis, Karina Kurt Mota, pensou em unir a comunidade para fazer uma fogueira, comer pipoca, paçoca, pé de moleque e trocar um pouco de alegria com doçuras. “Todos toparam e abraçaram a ideia. A comunidade fez a decoração, nós (voluntários) as doações de quitutes e a força tarefa. Uma receita infalível: vontade de fazer o bem, unir e reunir”, conta Karina. “É gratificante demais poder envolver voluntários numa festa que todos adoram, agregando e acolhendo os moradores do Frei Damião. Esquentar os nossos e os corações deles”, destaca o diretor-geral do projeto Cidades Invisíveis, Samuel Schmidt.
Pela primeira vez como voluntária, Marcela Brasca Faccio conta que conheceu o projeto há pouco tempo e logo na sua primeira ação já afirmou ter ficado encantada com a experiência. “Conforme os voluntários e organizadores chegavam, as crianças já iam reconhecendo de outras ações e dava para perceber uma troca de carinho muito especial. Me senti privilegiada em participar dessa ação, foi muito gratificante. Com certeza essa foi só a primeira, ainda vou participar de muitas outras”, promete.
O projeto
Foi em 2012 que Samuel Schmidt, fotógrafo e advogado, visitou algumas comunidades carentes na Grande Florianópolis e conheceu algo diferente da sua realidade. A falta de direitos básicos, de uma moradia digna, de acesso à saúde e educação foram alguns dos pontos que chamaram sua atenção.
Com uma câmera nas mãos, ele fez diversos registros das comunidades. Logo, as imagens estamparam camisetas e acessórios. Com a venda desses produtos, Samuel começou a destinar todo o dinheiro arrecadado para ajudar as famílias das próprias comunidades.
Com a divulgação do que estava sendo feito, não demorou muito para que Samuel contasse com uma rede de voluntários. Atualmente, o projeto Cidades Invisíveis realiza várias ações de impacto social para comunidades de risco. Hoje, o projeto atua com oficinas de leitura, construção de parquinhos, bibliotecas ambulantes, reurbanização de algumas áreas, ação de saúde bucal, distribuição de cestas básicas e ações de saúde. Com isso, o projeto consegue levar um pouco de esperança para quem não vê futuro.
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NATURALIS E ÂNGELA RECK/DIVULGAÇÃONATURALIS E ÂNGELA RECK/DIVULGAÇÃONATURALIS E ÂNGELA RECK/DIVULGAÇÃONATURALIS E ÂNGELA RECK/DIVULGAÇÃO