A Defesa Civil de Palhoça concluiu, na manhã desta quinta-feira (16), uma entrega de telhas para famílias que tiveram imóveis danificados pelo ciclone. A distribuição se refere à primeira etapa de cadastramento, realizado nos dias 2, 3, e 6 de julho, quando 107 vítimas do vendaval – que registrou rajadas de mais de 100km/h – solicitaram um montante de 4.061 telhas de fibrocimento, que contou com a colaboração da Defesa Civil Estadual.
A Prefeitura está finalizando a compra de telhas, para atender as famílias cadastradas na segunda etapa do programa de ajuda, cujas solicitações foram registradas nos dias 8, 9 e 10 de julho. O secretário de Segurança Pública, Alexandre Silveira de Sousa, informou que a Defesa Civil está aguardando a Secretaria de Administração concluir a aquisição de mais 1.790 telhas, para atender as solicitações de mais 45 famílias registradas na segunda fase do cadastramento. A Secretaria de Administração ficou encarregada da aquisição das telhas, cabendo à Assistência Social e à Secretaria de Serviços Públicos (Sesp) a tarefa da entrega.
Nas duas etapas, foram cadastradas 152 famílias, que solicitaram 5.851 telhas, revela Ana Paula Machado, da Secretaria de Segurança. Esses números são bem superiores – mais do que o dobro – aos registrados no levantamento preliminar, realizado pela Defesa Civil do município, com o apoio logístico da Secretaria de Assistência Social.
O relatório que a Defesa Civil de Palhoça encaminhou ao prefeito Camilo Martins na manhã de 1º de julho apresenta registros de quase cem ocorrências causadas pelo vento. Cita que 16 escolas municipais sofreram destelhamento e quebra ou afundamento de forro, diretamente pela ação do vento ou em consequência de queda de árvores. Inicialmente, a Defesa Civil contabilizava 65 casas destelhadas pelo vendaval, ou apresentando outros danos decorrentes do tombamento de árvores. Agora, com o encerramento do cadastramento, o número oficial de vítimas mais que dobrou, chegando a 152 solicitações de telhas.
Ciclone
Palhoça foi uma das muitas cidades catarinenses atingidas pelo ciclone. Os primeiros danos, causados pelos ventos, que em alguns pontos ultrapassaram os 100km/h, predominantemente do quadrante sul, foram registrados por volta das 16h de 30 de junho. À noite, o ciclone deu uma trégua, diminuindo a intensidade das rajadas, voltando a castigar a cidade a partir da madrugada de 1º de julho.
Na tarde de 1º de julho, o prefeito Camilo Martins decretou “situação de emergência em razão dos efeitos ocasionados pelo ciclone”, levando em conta o relatório de danos, realizado pela Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec). Além dos danos registrados nos prédios públicos e privados, num primeiro momento, mais de 1.500 unidades consumidoras ficaram sem energia elétrica em Palhoça, afetando também serviços de telefonia e internet.
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