A quarta-feira (1) foi mais um dia de muito trabalho para as equipes do governo do estado que atuam nos reparos dos estragos provocados pela passagem do ciclone extratropical. Durante a tarde, o governador Carlos Moisés conversou com representantes do governo federal em busca de apoio para a reconstrução das cidades atingidas.
Até a tarde desta quarta-feira, nove óbitos foram confirmados em Santa Catarina e duas pessoas continuam desaparecidas. “Lamentamos as mortes ocorridas nesta catástrofe e continuaremos atuando firmes para minimizar o sofrimento das pessoas atingidas. Estamos buscando apoio do governo federal para que a reconstrução seja rápida. É o momento de nos unirmos para vencer mais este desafio”, disse o governador Carlos Moisés.
O governador Carlos Moisés fez contato com lideranças do governo federal para atualizá-los sobre a situação de Santa Catarina e buscar recursos para a reconstrução. Junto à deputada federal Carmen Zanotto e ao senador Jorginho Mello, o chefe do Executivo estadual conversou com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, que colocou a Defesa Civil nacional à disposição do estado.
Carlos Moisés também conversou com outros parlamentares, como o deputado federal Daniel Freitas, coordenador do Fórum Parlamentar Catarinense, e o deputado federal Fábio Schiochet.
Equipes seguem trabalhando nos reparos
O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBM/SC) está trabalhando desde a tarde de terça-feira (30) para auxiliar a população e minimizar os estragos dos fortes ventos e chuvas decorrentes do chamado "ciclone bomba".
Os principais registros recebidos pelo CBM/SC foram de queda de árvores e destelhamentos. Todos os batalhões registraram ocorrências, empregando mais de 1.450 bombeiros militares, 674 bombeiros comunitários, 402 viaturas, além de duas equipes de força-tarefa e um cão de busca.
Óbitos registrados até o momento
- Chapecó: uma idosa, de 78 anos, vítima de queda de árvore;
- Santo Amaro da Imperatriz: um homem, atingido por fiação elétrica;
- Tijucas: 03 vítimas após desabamento de galpão;
- Ilhota: um homem de 59 anos;
- Governador Celso Ramos: um homem de 59 anos;
- Rio dos Cedros: um homem de 73 anos;
- Itaiópolis: mulher, 37 anos, vítima de queda de árvore.
Duas vítimas seguem desaparecidas, uma na cidade de Canelinha e outra na cidade de Brusque. Na cidade de Brusque, mergulhadores do CBMSC estão em busca de um homem que caiu de uma ponte pênsil.
Defesa Civil
Técnicos da Defesa Civil de Santa Catarina (DC/SC) continuam fazendo o levantamento dos prejuízos causados pelo ciclone. O chefe da Defesa Civil, João Batista Cordeiro Júnior, percorreu municípios da região Serrana e está coordenando o trabalho de reparo dos danos em todo o estado. Segundo ele, a atuação integrada dos órgãos governamentais garante mais eficiência no atendimento às ocorrências. “Todos os itens de assistência humanitária estão sendo ofertados pelo Governo do Estado”, destacou.
João Batista também conversou com o secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Alexandre Lucas Alves. O governo federal deverá aportar recursos para a reconstrução de danos materiais no estado, como reparos em edificações públicas. O trabalho de levantamento da extensão dos prejuízos vai dar a dimensão dos valores.
Celesc
Às 18h desta quarta-feira (1), aproximadamente 1 milhão de unidades consumidoras já estavam com a energia restabelecida. Os trabalhos de reparo na rede de distribuição de energia elétrica começaram na tarde de terça-feira (30), envolvendo algo em torno de 1,3 mil profissionais, divididos em 300 equipes pelo estado.
Em Palhoça, porém, muitos bairros seguiam sem luz até a noite de ontem. Na divisa do Caminho Novo com o Bela Vista, por exemplo, moradores chegaram a promover uma manifestação, fechando um trecho da avenida Paulo Roberto Vidal com a queima de materiais. A Polícia Militar precisou intervir para liberar a via pública. O bairro, naquele momento, apresentava áreas com abastecimento normalizado de energia elétrica e outras às escuras.
O ciclone provocou estragos em todas as regiões do estado e, segundo a empresa, foi a situação mais grave já registrada em toda a história da Celesc.
Depois da passagem do ciclone, ainda na noite de terça-feira, aproximadamente 1,5 milhão de unidades consumidoras (UCs) ficaram sem energia na região de concessão da empresa.
Atualmente, o call center para emergências da Celesc - 0800 48 0196 - está funcionando, mas devido à alta demanda pode ocorrer atraso no atendimento ou na identificação dos locais com defeito na rede de distribuição. Os consumidores também podem se comunicar com a empresa por meio do site e do aplicativo.
A Celesc continua orientando a população a ficar em casa e não se aproximar de locais próximos da rede elétrica, para evitar acidentes.
Rodovias
Segundo a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (SIE), os pontos de obstrução causadas por conta da queda de árvores e postes, em rodovias estaduais, já foram liberados. O trabalho de limpeza nas pistas, em alguns trechos, seguirá até sexta-feira (3).
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