O título do Campeonato Palhocense de 2019 será decidido neste sábado (30), a partir das 16h, quando Paissandu e Atlântico entram em campo para o segundo duelo da finalíssima. A partida será disputada no campo do Paissandu, no Aririú. O jogo de ida, no domingo (24), na Barra do Aririú, terminou empatado em 2x2.
O Paissandu largou na frente logo aos oito minutos, em bela troca de passes do ataque, e chegou a abrir dois gols de vantagem com um chutaço de Rodrigo de fora da área, ainda no primeiro tempo. Mas os visitantes permitiram o empate do time da casa, que acostumou-se a reverter resultados adversos nesse campeonato; inclusive na semifinal, diante do Eldorado. “Mais uma vez, conseguimos correr atrás de um empate após estarmos perdendo por 2x0, esse foi o terceiro jogo seguido que isso aconteceu. Vem ao encontro do que falei semana passada sobre nosso time ter força para reverter situações assim, e o faz com muita raça, muita determinação, não desistindo”, comenta o presidente do Atlântico, Murilo Moreira. “Quem foi lá ver, testemunhou uma final digna de um Palhocense. Dois times querendo jogar para frente, dois times parelhos, iguais, praticamente. Os dois times tiveram o propósito de ganhar o jogo. Eles tiveram a felicidade de sair na frente, mas nós conseguimos buscar o resultado no segundo tempo. Conversamos bastante dentro do nosso vestiário e o pessoal saiu com a cabeça erguida. Já estávamos acostumados, viemos de duas batalhas nas semifinais exatamente iguais. Nosso time é bem aguerrido nessas situações contrárias”, reforça o técnico da equipe, Adailton Rodrigues.
Uma das referências do time da Barra, o meia Anderson “Chuteirinha” também enaltece o espírito guerreiro da equipe e avalia que o Atlântico poderia ter virado o jogo. “A gente não desanimou e quem estava no campo viu que no segundo tempo nosso time foi bem superior, tanto que a gente fez o 2x2, teve bola na trave e teve chance de fazer o terceiro. No meu ponto de vista, o Atlântico foi um pouco melhor do que o Paissandu”, analisa.
No Paissandu, o técnico Samuel Medeiros diz que sabia que o jogo seria complicado e que o time estava preparado para enfrentar a bola parada qualificada e a velocidade do ataque do Atlântico. Tão preparado que conseguiu abrir uma vantagem confortável ainda no primeiro tempo, porém, no futebol, o conforto é sempre ilusório enquanto a bola estiver rolando. “Na minha opinião, pelo fato de ter conseguido o placar logo cedo, a equipe desconcentrou um pouco. O time deles sentiu o gol mas não desistiu, que é uma característica do time deles, eles não desistem nunca”, refletiu o treinador.
Samuel elogia o trabalho do treinador adversário, que fez uma substituição ainda no primeiro tempo e reequilibrou a partida, ocupando melhor os espaços no meio de campo. Tanto que o primeiro gol saiu ainda no primeiro tempo, após uma bola mal recuada. O gol de empate sairia aos 35 minutos do segundo tempo, um gol contra em uma bola parada. “Foi um jogo bem pegado, com muitos cartões amarelos para os dois times, e o jogo da volta não vai ser diferente. São dois times com qualidade, mas com muita pegada. Então, não podemos cochilar, que as coisas podem dar errado. É jogar focado e a pegada tem que ser a mesma, do começo ao fim”, receita o jogador Fabinho.
Fabinho acredita que o time tem tudo para levantar a taça diante da torcida, no Aririú. “Temos que fazer valer o fator casa, impor nosso futebol e tentar buscar o título dentro da nossa casa. Se nós jogarmos o que vínhamos jogando no nosso campo, temos tudo para sermos campeões”, projeta. “Sabemos que vamos enfrentar uma equipe que também tem o mesmo objetivo que o nosso, uma forte equipe, qualificada, com jogadores de qualidade. Mesmo dentro da nossa casa, não será fácil, mas vamos com tudo em busca do nosso objetivo, em busca deste título”, concorda o técnico Samuel.
No Atlântico, o técnico Adailton ainda vai esperar a recuperação de alguns jogadores para definir a equipe que enfrenta o Paissandu no jogo decisivo. “Temos jogadores machucados, vamos ver se o pessoal consegue se recuperar. Estamos estudando, ainda, temos que esperar para ver o que pode acontecer, se eu vou precisar mudar o time ou não”, diz o treinador.
Mesmo com a possibilidade de atuar desfalcado e em terreno inimigo, Anderson “Chuteirinha” diz que o time não vai se intimidar fora de casa na última batalha para ver quem vai vencer a guerra do Palhocense 2019. Anderson afirma que a torcida do Atlântico “já está merecendo faz tempo levantar o caneco”. “É o último jogo, é outra história. O time do Paissandu é muito bom, na minha opinião é o melhor time do campeonato, só que é uma final e eu confio nos nossos jogadores. Nosso time é um time de garra, já provou dentro do campeonato que é um time que não desiste nunca e isso pesa muito no esporte e no futebol. Então, a gente tem o pensamento de que vai ser uma grande final. Claro que a gente quer ganhar e na minha opinião o jogo não tem favorito”, destaca.