Por: Sofia Mayer*
Por conta da baixa adesão, as Campanhas de Multivacinação e Vacinação contra a poliomielite foram prorrogadas, em todos os 295 municípios do estado, para o dia 13 de novembro. Essa é uma oportunidade a mais para que pais e responsáveis levem suas crianças e adolescentes, com menos de 15 anos, para atualizar a caderneta de vacinação.
Em Palhoça, a cobertura vacinal contra a poliomielite ficou em apenas 44% da total prevista, segundo dados do Ministério da Saúde.
Nas primeiras três semanas de campanha, entre os dias cinco e 23 de outubro, foram aplicadas 3.765 doses contra a doença em Palhoça. O objetivo do município, no entanto, é imunizar 8.556 crianças de um a quatro anos.
Em âmbito estadual, a meta também ficou perto da metade. Apenas 168.825, das 342.825 crianças esperadas, foram vacinadas contra a poliomielite até a última sexta-feira (23).
A baixa cobertura vacinal é um risco a todos, alerta a gerente de imunização da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive), Lia Quaresma Coimbra. “A vacina ainda é a forma mais segura e eficaz de prevenção de inúmeras doenças. Através da vacina já conseguimos eliminar do estado doenças como a poliomielite, o sarampo e não queremos que elas retornem, por isso a importância de manter a caderneta de vacinação atualizada”, enfatiza.
O Brasil não detecta casos de poliomielite (paralisia infantil) desde 1990 e em 1994 recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem do seu território. Em Santa Catarina, os últimos registros da doença foram em 1989.
População campanha poliomielite. Palhoça, 2020.
1 ano - 2.814
2 anos - 1.945
3 anos - 1.901
4 anos - 1.896
População vacinada entre os dias 5 e 23 de outubro. Palhoça, 2020.
1 ano - 1.077 (38,27%)
2 anos - 923 (47,46%)
3 anos - 845 (44,45%)
4 anos - 920 (48,52%)
Campanha de multivacinação é para crianças e adolescentes
A atualização da caderneta de vacinação de crianças e adolescentes com menos de 15 anos também continua até o dia 13 de novembro. Neste caso, não há uma meta numérica específica.
O Estado informa que o principal objetivo é conseguir resgatar crianças e jovens que, por algum motivo, deixaram de tomar as doses indicadas no Calendário Básico de Vacinação e, consequentemente, aumentar as coberturas vacinais, diminuir a incidência das doenças imunopreveníveis e contribuir para o controle, eliminação e/ou erradicação dessas doenças.
As vacinas oferecidas na campanha são: Febre Amarela; Tríplice Viral (sarampo, caxumba e rubéola); dT (difteria e tétano); Meningocócica ACWY (doença meningocócica ACWY); HPV quadrivalente (HPV tipos 6, 11, 16 e 18); Poliomielite; BCG (formas graves de tuberculose); Hepatite B; Pentavalente (tétano, difteria, coqueluche, Haemophilus influenzae b e hepatite b); Rotavírus (diarréia por rotavírus); Pneumocócica 10 (doença pneumocócica invasiva para os 10 sorotipos); Meningocócica C (doença meningocócica C); Tetra Viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela); DTP (difteria, tétano e coqueluche); Hepatite A e Varicela (catapora).
* Sob a supervisão de Alexandre Bonfim
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