Prefeitos e representantes das macrorregiões catarinenses Sul, Grande Florianópolis, Foz do Rio Itajaí, Planalto Norte e Nordeste participaram, na tarde de terça-feira (28), da primeira rodada de conversas promovida pelo governo do estado para discutir as ações e o planejamento de enfrentamento à Covid-19.
Durante quatro videoconferências, o secretário de Estado da Saúde, Helton Zeferino; o chefe da Casa Civil, Douglas Borba; e o coordenador da Central de Atendimento aos Municípios (CAM), Gabriel Arthur Loeff; apresentaram aos gestores públicos e à Federação Catarinense dos Municípios (Fecam) um panorama do atual cenário de combate à pandemia e as projeções para os próximos meses. Esse foi o início de um movimento de integração que deve ser cada vez mais frequente com os agentes das macrorregionais. “Tenho certeza que todos juntos, todos unidos, com muito diálogo e, principalmente, com muitas ações, vamos sobreviver a essa pandemia que assola toda nação e todo mundo”, afirmou Douglas Borba.
A atual estrutura hospitalar e de equipamentos existentes no estado foram apresentados pelo secretário Helton Zeferino, que também falou sobre o planejamento das ações para cada uma das regiões. Ele destacou que o foco e os investimentos da área da saúde estão voltados neste momento para o atendimento de alta complexidade, especialmente para ampliar a oferta de leitos de UTI na rede hospitalar para os casos de Covid-19.
A capacidade de atendimento e os recursos para as cidades são as preocupações dos gestores municipais. Santa Catarina conta hoje com 1.113 leitos de UTI em hospitais públicos e filantrópicos, entre neonatais, adultos e pediátricos. Desses, 303 são novos leitos ativados nos 48 hospitais que fazem parte da política de enfrentamento ao novo coronavírus. O planejamento do governo do estado é chegar em 1.523 leitos, sendo 713 novos leitos de UTI até 31 de maio.
Helton reforçou também que os municípios já receberam recursos e equipamentos disponibilizados pelo governo federal na ordem de R$ 108 milhões. A distribuição do montante é feita por critérios como população, incidência da doença e estrutura hospitalar. A Secretaria de Estado da Saúde também adquiriu 6,7 milhões de EPIs e vai distribuir um terceiro lote de testes rápidos para todos os municípios catarinenses.
Durante o programa #PalavraDoPalhocense, que foi ao ar na noite desta terça-feira (28), ao vivo, pelo Facebook, o prefeito de Palhoça e vice-presidente da Associação dos Municípios da Grande Florianópolis (Granfpolis), Camilo Martins, elogiou a iniciativa e avaliou que o governo do estado começa a ter uma atitude de maior transparência e maior diálogo com os municípios. Lembrando que o prefeito estava tão preocupado com a falta de interlocução com o governo estadual que ingressou na Justiça para solicitar informações a respeito das estratégias de combate à Covid-19. “Não tinha transparência, não tinha diálogo com os prefeitos, e a última alternativa minha foi ingressar a Justiça para obter as informações”, lembra Camilo, que em seguida elogiou a reunião desta terça com os representantes do governo do estado. “Eles trouxeram todas as informações para as autoridades da Grande Florianópolis, mostrando o que eles têm feito e como eles estão se preparando na questão do novo coronavírus”, relatou o prefeito.
A reunião durou 30 minutos e estabeleceu o início de uma retomada do diálogo entre a cúpula estadual e as autoridades municipais. “Eles começaram a dar uma transparência para a população”, refletiu Camilo. “Estamos fazendo todas as ações possíveis e imagináveis no âmbito municipal e precisamos que o governo do estado também tome decisões para garantir a segurança da nossa gente”, acrescentou o prefeito.
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