Texto: Isonyane Iris
Estão cada vez mais comuns furtos e assaltos na entrada e saída de creches e escolas de Palhoça. O alvo principal dos bandidos seriam as mães, por causa do tempo que elas levam para colocar seus filhos nas cadeirinhas. “Enquanto eu estava amarrando meu filho na cadeirinha do carro, um homem chegou por trás de mim, colocou uma faca na minha barriga e mandou eu entregar minha bolsa bem devagar. Eu entreguei, ele foi embora, mas depois desse dia eu nunca mais consegui levar meu filho sozinha”, conta uma mãe, sobre o dia em que foi assaltada em frente à creche do seu filho, no Centro.
No bairro Pagani, no mês de setembro deste ano, outra mãe também passou pela mesma situação. “Eu estava chegando com a minha filha quando um rapaz se aproximou e me pediu dois reais, eu disse que não tinha e que estava com pressa. Ele se afastou, então eu achei que tinha ido embora e logo que comecei a pegar as coisas da minha filha, com ela no colo; ele abriu a porta do outro lado do carro, pegou minha bolsa e saiu correndo”, conta a mãe, destacando que tudo foi muito rápido.
Também no Pagani, outra mãe teve seu carro furtado enquanto levava seu filho até uma creche particular. “Quando eu estacionei na frente da escolinha, um cara deve ter ficado me observando enquanto eu pegava meu filho. Ele percebeu que eu saí com meu filho e a mochila e que não estava com a minha bolsa, foi então que ele imaginou que eu teria deixado no carro, mas nesse dia eu só estava com o celular. Quando voltei, o vidro do carona tinha sido estourado e tinham levado meu celular com uma case onde eu guardava meus documentos”, relata Mariana Cardoso, de 37 anos, que pós o ocorrido registrou um Boletim de Ocorrência.
No bairro Aririú, uma mãe teve o celular levado enquanto colocava seu filho na cadeirinha do carro, na frente de uma instituição pública. “Eram umas 18h15 quando eu estava prendendo meu filho na cadeirinha. Um homem passou por trás de mim e puxou o celular que estava no bolso da minha calça e saiu correndo. Não consegui ter reação, foi tudo muito rápido. Mas, depois desse dia, eu fico sempre alerta quando vou pegar ou levar meus filhos”, afirma Patrícia Mattos.
A maioria das ocorrências estariam acontecendo em frente às escolas particulares, mas algumas mães relataram situações também em frente a instituições públicas. Preocupados com a situação, pais pedem que a Polícia Militar tente fazer rondas perto do horário de entrada e saída de alunos, principalmente em instituições que acolham crianças menores, onde as mães teriam que colocar seus filhos nas cadeirinhas.