Texto: Isonyane Iris
“Primeiro, ele passou observando, e logo depois, voltou armado e nos avisou que era um assalto”, relembra uma comerciante, que na manhã da última quinta-feira (13) teve seu estabelecimento na Ponte do Imaruim assaltado por um homem portando uma arma de fogo.
Assustada com o que aconteceu, a comerciante, que está no local há 23 anos, conta que foi tudo muito rápido e que o assaltante parecia muito calmo durante todo o assalto. “Ele era branco, mais ou menos com 1m65 de altura, parecia que não queria alarme e por isso agia com muita calma. Nos mostrou a arma, pediu o dinheiro do caixa e nos garantiu que nada iria acontecer”, relembra uma das pessoas que estavam no estabelecimento no momento do assalto.
O prejuízo foi próximo dos R$ 200, mas a questão principal é que a insegurança tomou conta do lugar e dos comerciantes ao redor. Eles afirmam que se sentem abandonados pelo poder público. “É muito complicado, uma sensação de impotência. Não temos muito o que fazer, então é esperar. Nesse assalto, a PM agiu rápido e esteve no local após ligarem, mas infelizmente não pegaram o responsável”, lamenta a comerciante, destacando que o bairro da Ponte do Imaruim estaria tendo muito problema com drogas.
Preocupados com a frequência com que furtos e assaltos têm acontecido na região, alguns comerciantes estariam pensando em se mudar. “Do que adianta permanecer em um local onde os assaltos estão acontecendo em plena luz do dia? Isso quer dizer que a PM já não amedronta mais e que os bandidos estão fazendo o que querem”, reclama outra comerciante, que também preferiu não se identificar.
O assalto teria acontecido muito próximo ao posto policial da PM no bairro - o posto estaria desativado, segundo os moradores e comerciantes. “Eles explicaram que, ao invés de deixar policiais ali, eles preferiram colocar eles nas ruas, em rondas policiais, mas com isso a criminalidade aproveita”, acredita uma moradora próxima.
A Polícia Militar explica que a base funciona e que não existem planos para que seja fechada, “até porque a Ponte do Imaruim é o maior bairro de Palhoça”. “O que acontece é que nossos policiais estão passando por uma reciclagem anual, com duração de um mês e meio, onde em uma tarde durante a semana a base está ficando fechada. À noite, temos feito o trabalho de unir duas bases próximas, Ponte do Imaruim e Centro, onde juntos os policiais percorrem, em uma viatura, fazendo esse percurso, o que tem diminuído muito as ocorrências. Assim, o policial não fica fixo as 24 horas na base, dessa forma damos um certo movimento. Entendemos que as pessoas comentam que quando existe uma base há um certo raio de segurança pública por conta da base, por isso não temos planos de fechar e sim de ampliar os trabalhos na região”, informa o major Marcello Wagner Felipe Araújo da Silveira.