Com cartazes e faixas pedindo pela permanência da carga horária de seis horas de trabalho diário até o final do ano letivo e por reajuste salarial nos menores vencimentos municipais, servidores da educação e da saúde fizeram uma manifestação na última quinta-feira (6), em frente à Prefeitura. No final da tarde, por volta das 17h, o prefeito Camilo Martins (PSD) recebeu o sindicato, representantes e vereadores para uma reunião. Após a reunião, ficou acordado que a portaria número 4782/2018 (que definiu o aumento da carga horária para oito horas) está suspensa até o dia três de janeiro de 2019.
Foi por volta das 13h de quinta-feira que os servidores começaram a se reunir em frente à Prefeitura. "Estamos aqui pra ver se assim chamamos a atenção do senhor prefeito, porque decidir as coisas deve ser fácil, agora, se colocar no lugar dos outros é muito mais difícil", reclamava a servidora Silvia Aparecida, durante a manifestação.
Os servidores eram contra a mudança repentina de 6h para 8h de trabalho diárias e também pedem o envio do projeto de lei que reajustará entre 16% a 22% o salário dos menores vencimentos da Prefeitura. "Aumentar o nosso salário, o prefeito não aumenta, agora, aumentar a nossa carga horária não demorou um dia para que ele fizesse isso", lamentava outra servidora, que estava tendo que deixar os filhos com os vizinhos para poder cumprir as 8h de trabalho.
Segundo informações repassadas pelo Sindicato dos Servidores Púbicos de Palhoça (Sitrampa), os Poderes Executivo e Legislativo vão buscar uma forma para tratar todos os servidores de forma igualitária, excetuando servidores de Estratégia de Saúde da Família (ESF), estatuto do magistério e categorias que não estão em discussão. "É importante salientar que com a decisão não haverá prejuízos ao serviço prestado à população, nem aos servidores e nem às finanças municipais. Em relação à carga horária optada por alguns servidores, ficam devidamente suspensas as documentações de redução de carga horária enviadas para escolas e CEIs", explicou Francisco Antônio de Souza Martins, presidente do Sitrampa.
Quanto ao reajuste, o sindicato informou que manterá reunião com o Executivo, e em janeiro de 2019 a proposta de reajuste deverá ser votada na Câmara de Vereadores, junto com a nova proposta de carga horária, que será analisada pelo sindicato e apresentada à categoria antes da votação. "O Sitrampa reconhece essa importante vitória como fruto da mobilização e empenho dos servidores, e estará vigilante e atento a qualquer movimentação que possa prejudicar o servidor público municipal", finalizou o presidente do sindicato.