A manhã do último dia 15 foi diferente para alunos do Centro Educacional Magia do Aprender (Cema), do Centro de Palhoça. Eles receberam, com bastante entusiasmo e cheios de perguntas, o editor-chefe do jornal Palhocense, Alexandre João Bonfim da Silva. O bate-papo faz parte do projeto da professora Jéssica Francisco que pretende mostrar os processos de surgimento das notícias nos meios de comunicação.
Mostrando jornais de arquivo do Palhocense, que remontam ao final da década de 1980, os pequenos embarcaram em uma espécie de viagem no tempo. Eles perceberam como a cidade mudou nas últimas décadas, mas também notaram questões que seguem sendo atuais. “Revisitamos exemplares antigos do Palhocense que já pediam, naquela época, mais efetivo policial, por exemplo. Foi interessante, porque a edição 787, que circulou no mesmo dia de nossa visita ao Cema, falava, já na capa, sobre esse mesmo tema”, observa o diretor do periódico.
Os estudantes se envolveram ainda mais quando o tema foi: “sugestões de pauta”. “Todos queriam falar de um fato acontecido e marcante que poderia vir a estampar nossas páginas. Isso mostra também um senso crítico aguçado nessa nova geração. O compromisso assumido foi que ficarão atentos e nos informarão quando alguma notícia acontecer”, revela Alexandre.
A diretora do colégio, Juliana de Medeiros, avalia a importância deste intercâmbio do veículo de comunicação com os alunos. “Procuramos o jornal Palhocense por ser do nosso município. Por ter feito e ainda fazer história, por levar de maneira concreta a informação aos leitores. Despertar a curiosidade dos alunos é sempre um bom feito para a educação”, opina.
Muito antenados com as tecnologias, alguns alunos quiseram saber sobre a interação do Palhocense com as novas plataformas. O diretor mostrou o processo de apuração e edição da notícia e posterior impressão, mas também mostrou o quanto a internet tem acelerado esses processos. “Imagino que, em alguns anos, as plataformas estarão ainda mais modernas e os alunos do Cema vão consumir notícia de outras formas, mas essa oportunidade certamente os fará entender as bases do jornalismo local e saber que o jornal impresso seguirá sempre sendo uma fonte histórica de informação”, comenta Silva.
Ao fim do encontro, os alunos entregaram um pequeno jornal produzido por eles próprios ao visitante. No impresso, os pequenos registraram o que é ser jornalista, para eles. O aluno Muriel, por exemplo, registrou que “ser jornalista é passar as informações para todo mundo, com o objetivo de que todos fiquem informados”. “Isso é muito importante”, ponderou.
A diretora considerou a troca de experiência bastante válida para o processo educacional dos alunos. “Nós só podemos agradecer ao Palhocense pela disponibilidade que tiveram desde que o convite foi feito. Para as nossas crianças, foi fundamental esse contato. Elas ficaram maravilhadas com a riqueza e o processo com que o jornal é feito”, avalia Juliana.
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