Texto: Renato M.P./Especial
Mais de 60 alunos da Força Pré-Militar Brasileira (Fope) de Florianópolis e Palhoça, entre 8 e 18 anos, foram submetidos a três dias de atividades teóricas, práticas e físicas no bairro de São Sebastião, entre sexta-feira (8) e domingo (10). As atividades envolviam desde reconhecimento de campo e precisão com armas de airsoft, até aulas de biologia com animais peçonhentos.
As atividades, que iniciaram com uma corrida de cerca de três quilômetros entre o colégio Mara Luisa Vieira Liberato, no Madri, e o Sítio Reserva Brasil, foram concebidas e organizadas pelos irmãos e fundadores da Fope Daniel (comandante geral) e Davi Moretto (comandante da Fope/SC), com a ajuda de Eduardo Lemos, que ajudou a trazer a Fope para Palhoça há cerca de quatro meses. Segundo eles, essas atividades servem como aprendizado para o patriotismo, a cidadania, a honestidade e a disciplina. É uma forma de melhorar o convívio dos jovens com a família e a sociedade. Eduardo, que tinha como um dos seus sonhos a organização dessa escola, ressalta que existe uma possibilidade de certa parcela seguir em carreira militar, mas, na verdade, os aprendizados serão levados para a vida inteira, contribuindo para a formação do caráter desses jovens.
Além da ajuda dos pais, como monitores convidados, e das mães, como cozinheiras, as atividades contaram com o apoio de convidados, como o bombeiro civil Carlos Alexandre, que esteve em atividade com o Fope por seis anos e reencontrou antigos alunos em Palhoça. “É uma grande satisfação saber que eles estão no caminho do bem”, ressalta Carlos, que ajudou nos trabalhos com rapel, ordem unida, limpeza e organização da área (preservação do meio ambiente) e montagem de bivaques.
O cronograma dos três dias envolvia palestras sobre a carreira militar, atividades recreativas, instrução de guarda ao acampamento, teatro, festa com fogueira, orientação com bússola, entre outros. Davi diz que todos executam a mesma atividade. O que muda, em relação à idade, é apenas a intensidade - o objetivo e o direcionamento continua sendo os mesmos.
As atividades encerraram com o biólogo militar Hamilton Emídio Duarte, que fez uma palestra com duas horas de duração e levou diversos animais peçonhentos para explicar noções relacionadas à veneno, reconhecimento em campo, diferentes espécies e principais características. Os alunos eram convidados a tocar e conhecer melhor os animais, para que empatia e respeito mútuo fossem gerados e não deixar o pânico e o medo tomarem conta em uma situação de risco ou em mata.
O encerramento do evento se deu com a formatura dos alunos, que receberam broches, saudações e salva de palmas, por sua bravura nos exercícios efetivados durante os últimos meses de treinamento. Os pais de todos foram convidados não apenas a presenciarem o dia com os filhos, mas também a consagrarem os broches em suas camisetas. Os alunos tiveram até o final do dia para aproveitarem o sítio com as suas famílias.