Os incêndios ocorridos entre setembro e outubro consumiram mais mil hectares da vegetação de restinga protegida pelo Código Florestal e pelo Parque Estadual da Serra do Tabuleiro na Baixada do Maciambu. A Polícia Civil investiga o caso, já que existem indícios de crime. É uma situação recorrente há décadas, forçada, principalmente, pela especulação imobiliária. Preocupada com essa situação, a Rede Pró-Paest (rede de apoiadores do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro) organizou um abaixo-assinado, com a intenção de chamar a atenção para a importância de ações de cuidado com essa região do parque e de prevenção a incêndios e outras ações de degradação, e também no intuito de dar maior visibilidade a esse patrimônio, levando o diálogo a outras instâncias, além das locais.
O abaixo-assinado solicita que o planejamento e gestão da região respeitem as prerrogativas de proteção ambiental previstas na legislação vigente e faz solicitações pontuais: combate de práticas incendiárias com ações preventivas, como a adoção de um programa de educação ambiental efetivo nas comunidades; divulgação dos resultados da investigação instaurada sobre as causas dos incêndios; implantação de um Batalhão Estadual de Combate a Incêndios Florestais, com sede na Baixada do Maciambu; implantação de um sistema de monitoramento por câmeras em pontos estratégicos na planície costeira protegida pelo parque; formação e contratação de uma brigada comunitária para atuar, nos períodos de estiagem, no monitoramento e combate a focos de incêndio; criação de efetivo de guarda parque; restauração ecológica com controle e erradicação de espécies exóticas invasoras, em especial o Pinus elliottii; alocação de funcionários do Instituto de Meio Ambiente com habilitação para fiscalização ambiental na sede do parque; interlocução com a Eletrosul para desenvolvimento de um programa de segurança e manutenção da área de influência da subestação de energia elétrica da Pinheira; efetivar o planejamento e a gestão integrada e compartilhada do patrimônio comum da região compreendida pelo parque.
Acesse o abaixo-assinado
em: bit.ly/323B0g4