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Por: Mariléia Mendes Goulart*
A Pedagogia constitui-se como ciência e se estabelece como prática social para organizar a educação em determinado tempo e espaço. Além de habilitar professores de Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental, ela perpassa a formação de todos os professores, das diferentes áreas que precisam de conhecimentos pedagógicos na organização de sua prática.
Mas como podemos pensar na Pedagogia em tempos de pandemia mundial como essa que estamos vivendo? E quais são as contribuições da Pedagogia para a prática docente em tempos de pandemia?
Como instituição, a escola não teve tempo para pensar. Num belo dia, nós acordamos com a ordem de agora é tudo remoto. As escolas se esvaziaram, de estudantes e de professores, e foi preciso uma nova forma de ensinar. Há um esforço de todos para exercer essa função social de estarmos conectados enquanto escola. Tempo e espaço já não são mais os mesmos. As realidades são muito diferentes, alguns não têm acesso aos meios virtuais, há pais que possuem dificuldades em ensinar, entre outras coisas.
Assim, para responder a essa questão, procurei escutar algumas vozes, de professores e famílias.
Ana Paula, mãe de estudante do primeiro ano do Ensino Fundamental da rede estadual, menciona: “Tem sido um desafio prazeroso, Luiz é dedicado e adora aprender, então, está sendo muito bom. Eu adoro ver o desenvolvimento dele, faço vários vídeos, temos a nossa rotina de estudos dia a dia, após o almoço. Também a professora dele é muito dedicada, explica tudo muito bem e prepara tudo com muito carinho”.
Carla, mãe de dois estudantes na rede privada de ensino, diz: “Acho que não se trata de uma simples migração do presencial para o virtual. A escola não pode estar indiferente ao que acontece e às implicações no ensinar e aprender. Me pergunto, como mãe: que tipo de conhecimento meus filhos precisarão? Ou precisam neste momento? Particularmente, acho que o a escola, neste momento de transição, pode ser o espaço de não isolamento, de contato, mas não vejo sentido em se priorizar qualidade de conteúdos e avaliações”.
Suas falas remetem a tantas reflexões. O encontro entre pais, filhos e escola. A rotina da família, que teve de ser reorganizada. Sobretudo, chama-me a atenção o questionamento sobre a legitimidade daquilo que ensinamos, o modo como fazemos e como avaliamos. Isso é dado de estudo para a Pedagogia.
Para as professoras ouvidas, tudo tem sido um grande desafio. Segundo a professora Ana: “Estamos vivendo um período marcado por medos e incertezas e nossa profissão precisou reinventar-se. Segundo as diretrizes para a Educação Infantil, a função dessa etapa é educar e cuidar em complementaridade às famílias. Portanto, nunca tivemos uma oportunidade tão rica do encontro entre as famílias”. Para a professora Marlei: "Ensinar, nestes tempos de pandemia, tem sido um desafio. São muitas atribuições ao professor, que tem que se reinventar a cada dia. Auxiliar os alunos a distância, muitas vezes, não é tarefa fácil. Gera insegurança se realmente houve aprendizagem. É necessário repensar nossas práticas com o que realmente faz sentido no processo ensino-aprendizagem".
Inquietação, medo e insegurança concorrem com a cobrança urgente da reinvenção. O que seria esse novo normal que nos cobram a todo instante? Segundo Tonnucci, estudioso italiano, estamos a propor atividades para estudantes que estão confinados em casa, num tempo de pandemia; precisamos pensar experiências mais significativas e provocar o gosto por aprender e ter autonomia para isso.
Não temos respostas prontas e acabadas, apenas a certeza de que apropriação do conhecimento científico pode gerar uma sociedade mais humana, igualitária e sustentável. Assim, finalizo, reafirmando a importância da escola e do (a) professor (a), com a fala de uma criança, num vídeo que viralizou nas redes sociais: “Sem professora eu não consigo aprender bem”.
* Mestre em Educação, coordenadora dos Curso de Licenciatura em História, Geografia e Pedagogia da Unisul