Atendimento pré-hospitalar
As pessoas se comovem com os acidentes. Se comovem com as vítimas... e isso é totalmente normal... Mas não veem o outro lado: as equipes fazem das tripas o coração pra atender com presteza a todas as ocorrências e na maioria das vezes sem condições para um atendimento rápido. Usam viaturas sucateadas, equipes defasadas... Se parar pra pensar, Palhoça é enorme e se a equipe estiver em outra ocorrência, ela não pode simplesmente interromper o atendimento em andamento pra atender o outro. O trânsito também dificulta o deslocamento. Todos que trabalham nessa área de atendimento pré-hospitalar têm sangue nos olhos. Dão o máximo sempre para prestar o melhor atendimento e mais efetivo possível... Mas existe uma logística que tem que ser respeitada. Não se joga um paciente na emergência do hospital... Isso vale tanto para o Samu quando para os Bombeiros... A cobrança tem que ser direcionada aos políticos, à gestão pública... para que deem melhores condições de trabalho pra todos. Campanhas de conscientização para a população ajudariam a mostrar ao povo sem informação que a culpa não está de um só lado.
Crisfigmor
(Pelo Instagram)
Os ciclos no Turismo
No decorrer da história, no turismo, observamos que há ciclos econômicos definidos. Temos uma temporada ruim, uma regular, uma boa, uma melhor e uma ótima. Esse ciclo pode ser esticado ou recortado, mas se cumpre regularmente. Tomamos, como ponto de observação dos ciclos, as entradas das empresas e pessoas do destino, o porquê desta aclaração é porque em temporadas excelentes (em quantidade de turistas) o ganho das pessoas não é tão significativo, seja porque os turistas não têm capacidade de gastos ou porque a concorrência é tanta que não permite ganhos adequados. Então, como podemos predizer quando é bom investir num destino numa temporada determinada? Até agora, os turismólogos, empreendedores e trabalhadores da área se fazem a mesma pergunta. Claro que para investir é sempre um bom momento, já que dentro do ciclo temos três de ganhos, uma de empate e uma de perda. O ponto é como fazer tudo de forma mais previsível, sem tanto estresse. Entendo que isso só é possível trabalhando sobre o destino e não só na propaganda do destino. Significa que vamos saber quando uma temporada vai ser boa, perguntando quanto foi gasto para arrumar os problemas apresentados na temporada passada e quanto foi investido para melhorar a infraestrutura. Sim, porque sempre devemos estar crescendo, já que quando alguém tem sucesso, isso atrai muitos concorrentes. Esse é outro problema quando um destino está no auge: atrai tanta gente que, se não se tomam as precauções do caso, terminam por sufocar o mesmo, dada a poluição, ruído da comunicação e o caos estabelecido. Isso é um pouco o que vemos hoje: pessoas que não são do destino tentando obter lucros sem importar-se com a sustentabilidade do local. Na verdade, sem importar-se com nada. Isso deixa sequelas de desemprego, poluição e uma fama muito ruim, que levam à revolta dos moradores com os exploradores do momento. Está claro que para que isso não aconteça, necessitamos de um planejamento, objetivos e controles, principalmente daqueles que vêm a ganhar na informalidade. É dessas pessoas que o governo local nos deve proteger. Porque se deixam a exploração do destino sem controle, tudo o que vai ficar é um lugar poluído sem condições de morar e, portanto, sem nenhum valor, tanto para os munícipes como para o próprio governo municipal.
Eduardo Camacho
(Por e-mail)
Publicado em 31/01/2019 - por Palhocense