Disipan vai ampliar sua área de produção
A página de Gastronomia apresenta um leque variado de informações, dicas e avaliações de restaurantes, receitas, truques e vai a partir de agora mostrar também as empresas de Palhoça que atuam com destaque no segmento de gastronomia, mas não, necessariamente, em linha direta com os consumidores. Eles acabam sendo alcançados indiretamente e esse é o caso clássico da Disipan.
Com 26 anos de atuação no segmento de panificados, a Disipan prepara-se para crescer e de modo acentuado. A obra de ampliação começa dia 10 de março, junto ao próprio terreno da sede atual e terá 390 metros quadrados. Em 30 dias estará pronta.
A Disipan é uma empresa de Palhoça, resultado da paixão do empresário Claudio Hoeller de Souza pelo pão. O atual portfólio tem 42 itens e seu público alvo é o que ele chama de unidades transformadoras, as padarias, confeitarias, supermercados, restaurantes, hotéis, pousadas e lanchonetes/hamburguerias, as quais adquirem as pré-misturas em duas linhas (para panificação e para confeitaria), e daí preparam os pães para seus consumidores finais.
As linhas de pães congelados podem ser também pré-assados ou assados, com validades disponíveis de até seis meses (congelados), sete dias (refrigerados) ou três dias (finalizados), de acordo com a necessidade de cada cliente.
A empresa gera hoje 28 empregos diretos e 12 indiretos. A meta de Claudio é ampliar a capacidade de produção e de atendimento. “Em cinco anos, a Disipan estará capacitada a fornecer tudo o que uma padaria precisa, entre produtos pré-assados e congelados”, projeta.
A decisão de ampliar os negócios, segundo seu fundador e diretor, acontece no momento em que a Disipan está no limite de sua capacidade logística de atendimento, com clientes entre as praças de Navegantes até Garopaba. A produção atual de 100 toneladas pode chegar a 450 toneladas ao mês, considerando a capacidade instalada.
Segmento de pães especiais tem espaço para crescer
No Brasil, o consumo de pão per capita atual é de cerca de 27 quilos por ano, o que equivale à metade da recomendação da Organização Mundial de Saúde, que é de 60 quilos por pessoa. Já a Food Agricultural Organization recomenda 50 quilos per capita.
“Na Europa, o consumo de pães é cinco vezes superior ao do Brasil. A Argentina tem o dobro do nosso consumo. Esses dados demonstram que tem muito espaço para ser trabalhado em nosso setor”, acredita Claudio.
A Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip) analisou indicadores de desempenho das panificadoras e confeitarias brasileiras em 2018 através de informações coletadas pelo Instituto Tecnológico de Alimentação, Panificação e Confeitaria (ITPC), que mantém um acompanhamento de indicadores em cerca de 400 empresas de 19 estados do país, de diferentes portes e modelos de atuação. A apuração de dados nesse universo permite projetar um crescimento do segmento da ordem de 2,81% em 2018 (sem descontar a inflação), o que equivaleria a um faturamento de R$ 92,63 bilhões.
Publicado em 31/01/2019 - por Marcos Heise