A realidade voltou
Finalmente, a festa acabou. A tristeza maior é a dos políticos, que achavam ter o povo esquecido dos assaltos aos cofres públicos. Seria interessante que se fizesse um levantamento do quanto o país gastou, desde a preparação para a Copa até a despedida dos craques e de seus dirigentes.
Agora, é importante fazermos a pergunta: que país você quer para o futuro? Um país respeitado pela integridade moral dos seus dirigentes, apoiado por um povo esclarecido e honesto, ou um país comandado por políticos corruptos, eleitos por um povo também sem ética?
Tenho saudades do meu tempo de criança, quando aprendíamos em casa, na escola e nos exemplos dos homens públicos a sermos cidadãos, a valorizarmos a família e a respeitarmos as autoridades. Tínhamos orgulho em dizer que éramos brasileiros e cantávamos o Hino Nacional em posição de sentido, com a dão direita sobre o coração.
Olavo Bilac escreveu: “Defende, amigo, a tua pátria, como defende a sua furna o leão. Não permitas a afronta ou o vilipêndio, sobre a bandeira e o nome da nação”.
Infelizmente, o povo tem sofrido muitas derrotas. Perdemos a Copa gastando bilhões com os dirigentes e atletas milionários, enquanto o povo continua sem saúde, sem educação e sem segurança. Tivemos o desprazer de assistir à liberdade de dezenas de ladrões do dinheiro público, muitos condenados a mais de 30 anos de prisão, que saíram da cadeia rindo do povo honrado, trabalhador e humilde.
O país precisa acabar urgentemente com o número excessivo de partidos políticos, que só servem para dividir os bilhões arrecadados para fim eleitoral. É preciso diminuir os municípios. Temos mais de 5.500 municípios, cuja metade não tem condições de ser município, com prefeitos e vereadores enriquecendo com o dinheiro dos impostos.
É lamentável assistirmos a governadores nomeando desembargadores, presidentes da República nomeando ministros do Supremo – a maioria deles representantes de partidos políticos. Acabamos de ver a liberdade de ladrões de alta patente, condenados por mais de 30 anos e soltos por autoridades que deveriam ter estatura moral para se darem por impedidos, pela vinculação partidária.
As eleições estão próximas. Na hora de votarmos, devemos, antes, nos olharmos no espelho e perguntarmos: que país você quer para o futuro? Vamos pegar nosso título eleitoral e prometermos a nós mesmos votar em gente honesta e competente. Chega de ladrões! Chega de incompetentes!
Para todos os cargos políticos e administrativos do país.
PARA PENSAR: “SOB A CONSTITUIÇÃO MAIS LIVRE, UM POVO IGNORANTE SEMPRE ESCRAVO”. (Condorcet)
Publicado em 12/07/2018 - por Juarez Nahas