Se o trânsito é como o sistema circulatório de um corpo, Palhoça está prestes a ter um AVC ou um infarto. E o colapso não seria uma surpresa. O paciente já vem, há anos, apresentando sintomas de falência.
O corpo cresceu rápido demais, mas não há como alargar veias e artérias. Um incremento gigantesco de células fez com que o fluxo ficasse lento, exigindo paciência de quem precisa trafegar por aqui.
Cirurgiões, nesta semana, tentaram uma intervenção. A intenção foi até boa. Mas o corpo não reagiu bem. Confusas, as células pararam por algumas horas. Muitas seguem perdidas... Buzinando... Membros do corpo Palhoça sentiram o problema... A dormência segue crescendo.
Alguns entendidos juram que faltou integração entre as autoridades médicas. Os cirurgiões da Arteris chegaram cortando com bisturi, e agora os doutores de Palhoça tentam fechar a hemorragia. Sangria desatada, diria nosso colunista Beltrano.
Acontece que um problema tão profundo e crônico não sara com placebo ou paliativos. Nossa cidade precisa evoluir, e meios mais inteligentes de comunicação dentro desse corpo gigante precisam ser adotados.
O pulso ainda pulsa... Mas até quando?
Publicado em 29/04/2021 - por Palhocense