Este editorial foi escrito no Dia do Jornalista. Desculpe-nos o tom um tanto autorreferencial, mas queremos aqui registrar a importância social desse profissional do fato, do olhar, do faro, da notícia.
Para ilustrar essa importância, a matéria que trazemos esta semana sobre a luta da pequena palhocense Manuela é emblemática e linda. Ela tem um grande desafio pela frente: arrecadar US$ 2 milhões para custear um tratamento que vai lhe salvar a vida. Sozinha, não conseguiria. Entra aqui a missão do jornalista de, com empatia, contar sua história e cativar mentes e corações à solidariedade. Um trabalho que pode representar a vida.
Grandes poderes, grandes responsabilidades. O jornalismo nunca foi tão cobrado e até perseguido por, infelizmente, noticiar a morte. Faz parte do jogo. Aqui no Palhocense, nossa visão sempre foi pelo bom senso, identidade comunitária e isenção. Não foi sempre que conseguimos, mas, diariamente, tentamos.
Nem sempre publicamos a manchete que desejávamos. Não somos os Cavaleiros do Apocalipse, como alguns querem fazer crer em relação à imprensa. Mostrar a realidade, mesmo que amarga e dura, pode fazer as coisas mudarem.
Quem faz o que ama está sempre de férias...
Os desafios do jornalista do século XXI só fazem aumentar. Esqueça o glamour e a vida boêmia da “melhor profissão do mundo”, descrita por Gabriel García Márquez. Hoje é tiro, bomba e granada.
Publicado em 08/04/2021 - por Palhocense