Apuração com responsabilidade
Um tradicional colégio de Palhoça se viu envolvido, nas últimas semanas, por denúncias de supostos assédios por parte de integrantes de sua equipe docente. O assunto veio à tona através de uma rede social e outras supostas vítimas se sentiram confiantes para também trazer à luz casos que merecem toda a atenção.
Há uma linha tênue entre o que pode ser considerado uma expressão de carinho e o que já denota um assédio. O assunto deve ser tratado em casa pelos pais, mas também debatido nas escolas. Talvez sejamos a primeira geração a lidar com o sexo de forma mais clara e sem culpa - usemos, então, isso a favor da sociedade.
A adolescência, por si só, já é uma fase de muitas dúvidas e transformações. Passar por ela sem apoio e com fantasmas a rondar seria devastador para a construção da vida adulta.
A relação entre aluno de professor, antes de ser de confiança, é de hierarquia. Precisa, o professor, saber de sua responsabilidade hierárquica perante o aluno e estar orientado a não gerar qualquer constrangimento, seja na sala, nos corredores ou nos mundos digitais.
Todas as denúncias devem ser avaliadas com responsabilidade e isenção profissional. O Brasil viveu uma caça às bruxas no caso “Escola Base”, em 1994, com condutas precipitadas e canais de imprensa sensacionalistas.
O momento é de apuração, conversa e responsabilidade!
Publicado em 28/05/2020 - por Palhocense