No caminho do bom senso
Situações extremas nunca são resolvidas por um “salvador da pátria”. Esse fetiche brasileiro por algum ser superior que nos liberte e salve nos acompanha desde Vargas, na história moderna do país.
Hoje, diante da maior crise já registrada no Brasil, perdura a sensação de que a saída virá de fora. De uma vacina salvadora, de um cavaleiro messiânico e alado. Ledo engano, senhoras e senhores. A reconstrução será lenta e passará por sua dedicação própria.
Teremos que estar dispostos a doar os 110%. A encarar de frente a oportunidade de protagonismo sobre nossas vidas e, por conseguinte, sobre nosso país e planeta.
Todos querem a solução, mas muitos não querem abrir mão. Vejamos o impasse exposto na última terça-feira (19), pelo gestor da Jotur, empresa responsável pelo transporte coletivo em Palhoça. As empresas querem que o retorno ao atendimento permita 100% da lotação dos bancos. O governo quer 50%. Enquanto isso, o serviço parou e o emprego dos cerca de 700 funcionários corre risco.
Trata-se de um sistema em cadeia. Diante da crise, fica ainda mais claro que estamos todos ligados. Chegou a hora de se ligar e ir pelo caminho do meio – o caminho do bom senso!
Publicado em 21/05/2020 - por Palhocense