Uma conta que não fecha
Se em termos de números de policiais versus o número de bandidos estamos em desvantagem, a qualidade, o empenho e a entrega dos soldados do bem ainda nos fazem acreditar na vitória. Não é mais novidade que Palhoça tem números ridículos quanto ao efetivo policial, seja na Polícia Militar ou na Civil. O gráfico que deveria subir com o crescimento populacional não segue esta lógica e cai vertiginosamente.
Alguém está lucrando com isso. A teoria da "farinha pouca, o meu pirão primeiro" está imperando. E cidades como Florianópolis estão sendo privilegiadas, em detrimento do nosso município.
A boa notícia é que a população percebeu que precisa fazer barulho. "Quem não chora não mama." Esperamos que chorar seja bater panela nas ruas e não lamentar a morte de um ente querido.
A solução passa pela pressão política e a mobilização popular. A entrega de uma viatura à Polícia Civil esta semana em convênio com a Prefeitura não é tão emblemática quanto as falas durante a cerimônia. O prefeito de Palhoça solicita mais recursos, estrutura e, principalmente, efetivo. A delegada da Delegacia Regional, Michele Alves Correa Rebelo, apontou caminhos, como a unificação dos atendimentos do Detran e a otimização da estrutura hoje disponível.
E como seria a fala da população? Talvez, entre tanto desgaste, medo e crimes, teria um tom mais áspero e indignado.
Publicado em 18/07/2019 - por Palhocense