Nos limites da lei
Em termos ambientais, Palhoça é uma colcha de retalhos. Crescendo entre o manguezal e o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, a cidade avançou ferozmente sobre os limites ambientais e lançou por terra fauna e flora.
De acordo com o saudoso memorialista e colunista do jornal Palhocense Claudir Silveira, Caetano Silveira de Mattos, tido como nosso fundador, era o mais perfeito exemplo de um “devastador ambiental”. Claro que esse conceito não se aplicava na época. A lei era derrubar o mato para abrir caminho para a civilização.
Nossos tempos são outros, mas, em partes, seguimos herdeiros dessa base civilizatória. O problema é que a legislação ambiental evoluiu rapidamente e vem cobrando restituição de quem, outrora, rompeu os limites da lei. A celeuma está, porém, em saber a partir de quando a lei passou a ter efetividade.
O alerta fica para quem ainda quer fincar suas raízes em terras palhocenses. É necessário obedecer todo um rito de construção para saber se o local permite ou não a presença humana. Essa mudança cultural precisa acontecer agora, já que o passado não se muda.
Publicado em 30/05/2019 - por Palhocense