Camilo, que tal uma PPPP?
Na última terça-feira (19), depois de enfrentar uma fila de quase 1h30 na BR-101 e Via Expressa, nosso prefeito municipal, Camilo Martins, chegou à Assembleia Legislativa de Santa Catarina para uma entrevista coletiva à imprensa regional. O tema era a apresentação de um novo modal de contratação de serviços essenciais para o município, a chamada parceria público-privada.
A relação entre o público e o privado sempre esteve no cerne de muita discussão e críticas. A troca de favores e o favorecimento dos mais chegados sempre pautou a forma de se governar aqui pela terra brasilis. Mas o que está sendo proposto pelo líder do Executivo é uma terceirização para a operacionalização dos serviços essenciais da cidade. Ou seja, a municipalidade segue gerenciando os recursos, mas por falta de interesse ou capacidade técnica, vai repassar a execução para uma empresa privada.
Isso enxuga a máquina pública e a transforma em um intermediário entre o contribuinte e a empresa que, de fato, presta o serviço essencial. O conceito se encaixa como uma luva ao discurso liberal trazido pelo novo presidente da República. Mas é preciso estar atento. A população deve ser convidada a participar desse processo.
Sugerimos aqui um jeito novo, genuinamente palhocense. Por que Palhoça não investe na parceria população-público-privado? Se somos os mais interessados no processo, nada mais justo do que podermos participar de todas as etapas. Desde a escolha até a fiscalização do serviço prestado. Topa, Camilo?
Publicado em 21/03/2019 - por Palhocense