Matemática do atraso
Na matemática, a menor distância entre dois pontos é uma reta. Na política, o bem do cidadão é o objetivo de todas as ações. Ah, se o mundo real fosse como na teoria! Quer exemplos? O traçado do Contorno Viário não é o mais lógico e o atraso nas obras é um verdadeiro deboche ao cidadão brasileiro.
Nossos políticos ensaiam agora uma virada de mesa, mas por muito tempo foram complacentes com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e com a Autopista Litoral Sul. A concessionária do trecho catarinense da BR-101 age a seu bel prazer. Tripudiou sobre os prazos firmados com o governo federal para essa importante obra que irá desafogar o trânsito de veículos na alça metropolitana da Grande Florianópolis.
Há poucas semanas, a ANTT e a Autopista encheram os pulmões para anunciar um adiantamento no prazo das obras. Parecia piada, mas reuniram a imprensa e autoridades para dizer que a obra seria entregue três meses antes do prazo. Que prazo? O inicial era para ser 2012, mas as obras só começaram, de fato, em 2014. Agora prometem entregar até dezembro de 2021. Você acredita?
As eleições vêm se aproximando e os salvadores da pátria anunciam, de cima de seus cavalos brancos, que a saída para o Brasil é a privatização. O caso do Contorno Viário é o típico exemplo que prova que não importa quem execute a obra - o estado ou uma concessionária de uma via privatizada. A mentalidade continua a mesma: não aquela colocada no início deste texto que se refere a servir o cidadão, mas uma outra que diz para levar vantagem em tudo... Sempre!
Publicado em 26/07/2018 - por Palhocense