Saneamento básico: um novo cenário
Embora teimemos em achar que a segurança está na manutenção das coisas como estão e são, a única certeza que podemos ter é a de que tudo vai mudar. Nossa geração, certamente, é a que mais está sendo instigada à resiliência, que é nosso poder em nos adaptarmos a novos cenários.
Há pouco mais de uma década, era uma atitude considerada normal jogar lixo no chão ou esgoto no mangue. Embora muitos insistam em seguir essa prática, um “cidadão” que for visto fazendo isso corre o risco de levar um “puxão de orelha” de uma criança.
Hoje, em Palhoça, não alcançamos nem 10% de residências atendidas por um sistema de coleta de esgoto. Isso ainda graças a empreendimentos privados! Estamos atrasados em relação a todo o país, que, segundo dados do Instituto Trata Brasil, tem 38% do esgoto tratado - número já considerado vergonhoso em escala global.
Você sabia que para cada R$ 1 investido em saneamento básico, economizamos cerca de R$ 4 em saúde? O problema é que aqui em terras palhocenses o assunto sempre foi pelo cano. Prioridade é calçar rua e mostrar obra. Enterrar cano e tratar cocô não pareciam medidas inteligentes para nossos governantes.
Acontece que o mundo vem mudando. E o cuidado com a população e a natureza, em pouco tempo, será critério para investimentos públicos e privados.
A Prefeitura começou a revelar, esta semana, os detalhes da concessão que pretende oferecer à iniciativa privada, pelo período de 30 anos, para a distribuição de água e captação de esgoto.
O relógio está nos cobrando. Teremos em alguns meses a oportunidade de nos debruçarmos sobre a proposta do Executivo municipal. Vamos olhar juntos. Debater, discutir e construir uma Palhoça mais saneada.
Publicado em 31/10/2019 - por Palhocense