Futuro desrespeitado
Brigas, tráfico de drogas e roubos. O que poderia ser o cenário para um filme de gangster americano, nada mais é do que a realidade de quem estuda em uma das maiores e mais tradicionais unidades educacionais de Palhoça: a Escola de Educação Básica João Silveira, no bairro Aririú.
Como se sentir inspirado e motivado a ir à aula quando faltam professores, cuidados com a limpeza, infraestrutura e segurança? Como se concentrar em fórmulas matemáticas se um ambiente de medo circunda os muros da escola?
João Silveira, antes de ser prefeito de Palhoça, foi professor aqui no município. Se vivo fosse, certamente se envergonharia de dar nome a uma escola no estado desta que o caro leitor irá acompanhar em nossa edição. Durante as aulas de Geografia que ministrava, João Silveira costumava fumar seu Hollywood de filtro escuro. É, amigo, as coisas mudaram; hoje, não seria mais concebível o ato de fumar em uma sala de aula. Porém, não foi só isso que mudou. As escolas e os professores eram respeitados não só pelos alunos, mas por toda a comunidade.
O desrespeito com a Escola de Educação Básica João Silveira vai além do desamparo com a coisa pública. Trata-se também do abandono do futuro dos nossos estudantes.
Publicado em 14/03/2019 - por Palhocense