Memorialismo
Há mais no exercício do jornalismo do que registrar os fatos da semana. O trabalho feito aqui no Palhocense e por nossos colegas da mídia local é criar, também, documentação histórica. Assim como os vincos em antigas pedras nos falam de civilizações passadas, acreditamos que algum dia essas mesmas páginas que o caríssimo amigo leitor pode tocar agora serão revisitadas por curiosos de um novo tempo.
A preocupação memorialística é uma das bases deste semanário. Tal convicção nasceu do afetuoso convívio que tivemos, desde os anos 1980, com o saudoso memorialista Claudir Silveira. Em seu “Balaio de Caranguejos” ele nos ensinou a preservar os traços do nosso tempo. Tal preocupação se agiganta quando percebemos que vivemos em uma cidade cujas políticas públicas não se preocupam com nossa história, nossos valores culturais e com nosso éthos.
Por isso, viemos trabalhando ao longo desses anos no Projeto Memória Palhocense. Uma arca repleta de registros, na maioria fotos, de um passado um tanto empoeirado, mas ainda vivo nas mentes e corações de muitos palhocenses. Queremos cristalizar cada momento captado pelas lentes de Gedalvo Passos, João José da Silva e outros poucos que se dedicam a essa missão de cravam em nossa rocha as nuances da nossa rica história.
Publicado em 02/08/2018 - por Palhocense