Para quem?
O vendaval político e institucional que vem varrendo o Brasil nos últimos meses tem, praticamente, passado desapercebido por um grupo de pessoas que se instalaram em uma área ambiental às margens do rio Maruim, no bairro da Jardim Eldorado. Eles terão que deixar o local, segundo a Prefeitura, até meados de junho. O tempo está contra eles. Ao contrário do que aconteceu com o nosso ex-presidente, que sabia que ia ser preso numa cela especial em Curitiba, essas famílias simplesmente não sabem para onde ir. Vão ficar sem teto, sem chão.
Por outro lado, historicamente, nossas áreas de preservação ambientais começaram a ser invadidas lá pelas décadas de 1970 e 80 do século passado, sem que a Prefeitura e outros órgãos tenham feito nada, ou quase nada, para coibir a prática.
Temos que registrar que muita dessas invasões foram patrocinadas pela própria classe política, que tirou proveito eleitoral da condição de quem mais precisava. Um exemplo são nossos mangues, principalmente aqueles que existiam às margens das vias públicas.
Consideramos a falta de fiscalização o principal fator para o grande número de invasões em Palhoça. Aqui sempre pôde! Se pelo menos tivéssemos uma boa fiscalização, com autoridade e estrutura para impedi-las do dia para a noite, muitos não se arriscariam em vir para o município com a intenção de montar uma casa sobre uma área proibida. Há apenas duas administrações atrás, o slogan da Prefeitura era: “Palhoça, terra das oportunidades”. Basta agora perguntar: para quem?!
Publicado em 12/04/2018 - por Palhocense