Histórias que Palhoça conta...
Não é de tua conta
O Jorge da dona Biloca, cansado de ficar na fila pra pagar uma conta de luz, e vendo tanta gente depositando dinheiro, chegou pro caixa do banco e falou:
– Meu Deus, pra que tanto dinheiro?!
E o caixa, mal-educado, respondeu:
– Não é de sua conta!
Mas o Jorge diz que o que é de sua conta é o “Novembro Azul”, pois pra ele, mais vale um dedo agora de que sete palmos depois!
Segredos
Esta quem me contou foi o Doroteu do Aririú, mas me pediu pra não espalhar. Diz ele que dia desses, na Prefeitura, enquanto esperavam ele tirar uns xerox, três amigas conversavam sobre suas intimidades e resolveram contar seus segredos uma para a outra.
A primeira disse:
– Eu já traí meu marido!
A segunda emenda:
– Eu sou sapatona!
Daí, a terceira, morrendo de rir, disse:
– Eu sou fofoqueira!
Segredo de um bom casamento
Quero parabenizar o seu Juvenal e a dona Sueli, moradores do Alto Aririú, que nesta semana completaram 60 anos de casados. No sábado passado, foi celebrada uma missa, que comemo-rou essa longa união. Durante a prática, o padre perguntou ao casal de velhinhos:
– Qual o segredo para o casamento durar tanto tempo?!
O seu Juvenal se adiantou e respondeu:
– Lá em casa, cada um manda em um dia. No dia que ela manda, ela faz tudo do jeito dela. No dia que eu mando, eu deixo a Sueli fazer tudo do jeito que ela quer.
Parentes
Seu Juvenal me dizia que nos 60 anos de casado com a Sueli, só discutiram uma vez. Foi quando eles foram num casamento no Pagará e o Juvenal acabou bebendo um pouquinho além da conta e a esposa virou uma jararaca. Saíram do casamento, embarcaram no carro e vieram embora sem que um desse um pio com o outro; nem ele nem ela queria dar o braço a torcer.
Ao passarem por um pequeno sítio na Cova Funda, onde havia uma mula e porcos, a Sueli perguntou, sarcástica:
– Parentes seus?
E o seu Juvenal:
– Sim. Sogra e cunhados...
Conselho do padre Osvaldo
Dona Sueli diz que o bom relacionamento com seu Juvenal é graças a um conselho que lhe foi dado pelo falecido padre Osvaldo Prim. No início do casamento, seu Juvenal não era assim tão bom marido como hoje. Daí, dona Sueli conta que procurou o padre e lhe confessou:
– Eu não sei mais o que fazer, padre. Toda vez que o Juvenal chega em casa bêbado, nós bri-gamos muito. Não aguento mais! Acho que vou me apartá dele!
E o padre Osvaldo:
– Eu tenho um ótimo remédio pra isso: assim que seu marido chegar em casa embriagado, basta pegar um copo de chá de erva cidreira e começar a bochechar com o chá. Apenas faça bochecho e gargareje continuamente, e nada mais. Uns seis meses depois, ela retorna para se confessar com o padre Osvaldo e parecia ter nascido de novo!
– Padre, seu conselho foi brilhante! Toda vez que o Juvenal chegou em casa “mamado”, eu gargarejo, faço bochecho com chá e meu marido desmaia na cama sem brigar comigo!
E o padre:
– Tá vendo? Ficar de boca fechada resolve.
Rá, rá, rá, rá...
Noite quente
Depois da missa de 60 anos de seu Juvenal e dona Sueli, ele olhou pra ela e disse:
– Te prepara, hoje a noite vai ser quente!
A dona Sueli respondeu:
– Uuuuiiih, jura, amor?!
E seu Juvenal:
– Juro, acabei de quebrar o ventilador!
A pescaria
Na época em que o prefeito de Palhoça era o Paulo Vidal – que, como sabemos, gostava muito de pescar –, um de seus secretários telefona para a esposa e diz:
– Querida, o Paulo convidou eu e alguns secretários para irmos pescar na Ilha dos Corais. Va-mos ficar fora no final de semana. Esta é uma excelente oportunidade para eu pedir pra ele um cargo pra ti no Caic. Por isso, prepare roupas suficientes para o final de semana, e também a minha caixa de pesca. Vamos partir diretamente da Prefeitura, vou passar aí apenas para apa-nhar essas coisas. Ah, e por favor, coloque também o pijama de seda azul.
A mulher do tal secretário achou estranho, mas atendeu ao pedido do marido.
Na segunda-feira, ele regressa da pescaria um tanto cansado, mas, fora isso, nada de anormal. A mulher recebeu o marido com um beijo e perguntou se apanharam muitos peixes.
Ele respondeu:
– Muitos! Mas, por que você não colocou o meu pijama de seda azul, como te pedi?
A esposa apenas olhou fixamente nos olhos dele e respondeu:
– Coloquei, sim, querido! Tava dentro da caixa de apetrechos de pesca!
Moral da história: nunca duvide da capacidade de raciocínio de uma mulher, pois mulher burra nasce homem.
Publicado em 26/09/2024 - por Beltrano