A eleição e a síndrome do bicho-carpinteiro - Parte III
Quem não tem igreja se vira como pode
E sai correndo atrás desse trem,
Mas a esperança é a última que morre
Só está vivo aquele que concorre,
Vai de Kombi meu amigo Rodolfo do Bem.
Com a campanha eleitoral a todo vapor
As caminhadas fazem com que o eleitor capengue,
É bonito de ver tanta gente e tanta animação
Pra todo lado é gente com bandeiras e pau na mão,
Se vê até candidato beijando o mosquito da dengue!
Esperamos que esta campanha eleitoral
Como na Enseada, não acabe em sopapo,
Se foram para o PSD, PT, PDT ou Partido Liberal
Devem aderir a uma postura democrática e social,
Para não engolir um ao outro como se fosse sapo.
Os candidatos a prefeito e prefeita estão nas ruas
Cada um em seu canto e sem baderna,
Dona Maria me disse que quase foi atropelada
Sacudindo uma bandeira e fazendo caminhada,
E chegou em casa com câimbra nas pernas.
Nesta semana, o Cabeção me dizia:
“Já sei bem o que vou fazer:
Vou em todos as caminhadas
Também vou cair na estrada;
Quero ver se não vou emagrecer”.
O único problema encontrado
E que é um grande abacaxi:
As mulheres ficam em situação deplorável
Como não colocam pipi móvel,
Não dá pra elas fazerem xixi
Para os homens, tudo bem
Embora o povo não goste,
Mijar não é um problema
Não chega a ser um dilema,
Pois no percurso tem muito poste.
Temos a Claudete Chaves, grande professora
E o nosso amigo vereador Edinho da Formiga,
Além de toda ala feminina a pedir e a chorar
Porque não possuem dinheiro pra voto comprar,
Mas que com honradez entraram nessa briga.
Entre elas, a Carol Corretora
E a jovem Luísa do Betinho,
A querida Pamella da Associação do Vale
Com elas vamos que vamos e dá-lhe que dá-lhe
Porque por Palhoça elas têm carinho.
Mas também temos o retorno do Keka
Que pretende voltar com força total,
A Day, a esposa do Sérgio, deputado
Vai ter o esposo sempre ao seu lado,
E sua imagem deixa o Luciano menos radical.
Já do lado do Freccia temos o Rosiney
Agora, quem sabe, a saúde mude,
Depois de lá trabalhar por muitos anos
Talvez agora mude de planos
Ou vai continuar secretário da Saúde?
Mas é melhor ir bem devagar
Que nossos santos são de barro,
Empurrado com a barriga está o Edmilson Cruz
Rezando pra Nossa Senhora e pra Jesus,
Pois sua barriga não deixa que saia do carro.
O nosso amigo Maurício saiu candidato
Quer cair novamente nos braços do povo,
Pra isso, largou a Assistência Social
Saiu de lá com muita moral,
Pra voltar a representar o Caminho Novo.
O Kadá da Enseada resolveu arriscar
Como vereador, diz que não vai pisar na bola,
O bairro merece e precisa, urgente
Quer ajudar mais seu povo e sua gente,
Por toda região quer construir quebra-molas.
Quem foi um bom secretário na Prefa
Foi o policial Alexandre Silveira.
Agora, concorre também a vereador
Quer cumprir seu compromisso com louvor,
Fazendo da segurança sua bandeira.
É sabido que um complexo hospitalar vamos ter
Uns dizem que vai demorar e coisa e tal,
Não se apressem, não fiquem doentes
Pare de dar com a língua nos dentes,
Antes podemos votar no Moisés do Hospital.
Para a Câmara Municipal
Quase nada será mudado,
A eleição não vai ter surpresa
Só vai comer a sobremesa,
Quem já está empanturrado.
Está tudo preparado
A campanha tá no princípio,
Não há quem um pobre não beije
Ou candidato que não almeje,
O bem geral do município.
Centenas de candidatos
A nos chamar de simplórios,
Não temos como escapar
Vamos ter que aguentar,
Antes do inferno, o purgatório.
Neste período eleitoral
Vão falar de saúde e educação,
E isso até me dá vertigem
Cada um volta à sua origem,
A cada nova eleição.
Não falei aqui de todos bichos-carpinteiros
Muitos deles são apenas calouros,
Que para participar da eleição
Ainda não possuem a noção,
Que vão acabar sendo apenas besouros.
Sabe-se que a desigualdade é grande
E é bom que não façam grandes apostas,
O que não vai faltar nesta eleição
É passarinho fazendo ninho com perfeição,
Mas quem vai botar os ovos são os vira-bostas.
Levar vantagem é a palavra-chave
No Brasil, é até corriqueiro,
O eleitor é boi de vara
O político ri da sua cara,
E os dois vão rir deste pasquinzeiro.
Vou aqui me despedindo,
Sentindo uma dor profunda,
Já não há vivente que acuda
Para nos salvar, só com a ajuda,
Da Nossa Senhora Piriquita da Cova Funda!
Publicado em 12/09/2024 - por Beltrano