Vai ou racha ou arrebenta o caixa
Minha Santa Piriquita da Cova Funda! “Viramos pau de amarrar égua”, é o que devem estar pensando os eleitores catarinenses, com mais esse escândalo denunciado por um delegado da Polícia Civil que, com apenas 10 dias no cargo, encontrou um rolo grande lá no posto de São Francisco e por isso foi afastado. Agora, parece que está chegando a hora da “porca torcer o rabo” e deve acontecer um tipo de respiração boca a boca, já que até agora ainda não se sabe onde foram parar os respiradores adquiridos para a pandemia!
Certamente, isso vai deixar muita gente do governo do estado “queimando a bucha” e outros “apavorados que nem barata no bico da galinha”! Enquanto isso, muito partido vai “virar pau de dois picos”, “jogando verde pra colher maduro”, com nossos deputados a “segurar vela”, para um governador que certamente terá que “colocar os pés em duas canoas” (na Assembleia e no Porto de São Francisco) e dividi-las, naturalmente, entre os “costas largas” e os “costas quentes”!
Assim como no caso dos respiradores, Moisés, no governo, agora vai ser “inriba da letra”. Para que isso aconteça, vai ter que “saltar sete sepulturas” e, se ninguém “roer a corda”, só vai precisar “sangrar o pau”, quer dizer, fazer o primeiro talhe no tronco para o lado que ele quer que seu governo caia. Cabo de machado pra isso não vai faltar!
“Como ele vai fazer isso?!”, alguém perguntou pra Rosecleia da Cova Funda.
E ela, na sua santa ignorância, respondeu: “Não é de sua conta, nariz de três pontas! Pegue na pena, vá fazer sua conta”.
Primeiro, foi o caso dos respiradores, que, de facinho, a facinho, deu a volta por cima e um nó na Assembleia! O governador descobriu “a duras penas” que o que “lá chove, cá corre”, que é o mesmo que dizer: "o que cheira lá, fede aqui". Todo mundo sabe que, na eleição de 2018, para o governador, vencer foi mais fácil do que chamar o Bolsonaro de mito, que virou “vomito”, e agora vai “apanhar mais do que cachorro sem dono”, e deve, de novo, sair desse episódio “molhado como pinto no azeite”! Resta ao Moisés parar de “berrar como bode embarcado” e “criar alma nova” para enfrentar a eleição de 2022, pois, “quem por gosto corre, não se cansa” e ele agora não vai precisar “perguntar pra pescador nenhum qual é o peixe que morde”!
O eleitor catarinense diz que vai “dar a volta por cima”, e desta vez, não vai bancar “pau de agasalhar urubu”. Tá “escolhendo a dedo” os futuros candidatos. O pior é que já faltam dedos! Rá, rá, rá, rá... Quer político “limpo como Deus quer as almas” e não “sujo como pau de galinheiro”. O problema do eleitor catarinense vai ser achar, na nossa classe política, quem não seja “lerdo como lesma ou como linguiça crua”. Resta ao governador, por enquanto, “andar como urubu malandro, bamboleando o corpo”; só depois, perto da eleição, é que vai poder “bater a passarinha”, quando bater a amnesia no povo!
Pelas redes sociais, vê-se deputados se dividindo, ansiosos para “ver a onça beber água”. Cada um com seus próprios interesses. Uns querem que ele continue “caminhando com o calcanhar pra frente”; outros preferem que, mesmo ainda vivo, vá “pra cidade dos pés juntos”; outros veem sua “vaca leiteira indo pro brejo, com terneiros e tudo”. Tudo isso porque, se por um lado tem político em Santa Catarina empanturrado, por outro, tem os mortos de fome, que andam “mais apertados do que rato em guampa de gaúcho”. Pra alguns desses políticos, o Moisés no governo está sendo “pior do que pé com calo em sapato novo”.
O Antônho do Bidunga, filósofo político do Alto Aririú que, disparado, é mais conceituado do que o Fernando Henrique Cardoso, analisando a atual conjuntura política de SC, afirma que as perspectivas de melhora, caso Moisés “caia de maduro”, são muito efêmeras, já que, segundo ele, todos os “filhotes de onça nascem com pintas que nem a mãe”! Com tantas “idas e vindas”, o problema é que acabaram “mexendo mais (nas finanças do estado) do que cachimbo em boca de velha”! Ele me dizia que, “enquanto o boi faz força, é o carro que geme”; no caso, o carro aqui são os municípios de SC, mesmo porque, “em burro velho não se põe freio pequeno”, e em SC é difícil encontrar um burro novo.
O que o eleitor catarinense quer é ver o estado andando bem, pois “não importa ao pires se quem está tomando o café tem ou não bigode”. Para o Antônho, não adianta é “tirar do caçador para dar pra onça”, e nem “andar devagar como se pisasse em ovos”, pois, segundo ele, foi-se o tempo em que em Palhoça se esperava o ônibus da Paulotur passar pra tomar a primeira pinga. Ele me disse que, se for esperar pela Paulotur, vai morrer de boca seca. Ele, que é um verdadeiro pau d’água, disse-me: “Hei de morrer arrotando pinga”, mesmo porque, tudo em Santa Catarina é “passageiro, inclusive o cobrador e o motorista”.
Santa Catarina precisa, sim, “andar depressa como se fosse tirar o pai da forca” e os candidatos a deputado federal e estadual precisam “suar como tampa de chaleira”! E na eleição, ali “na batata”, de “fio a pavio” e “de cabo a rabo”, pois se sabe que a nossa “cumbuca de pimenta não perde o azedume”. Não é como se dizia antigamente: “isto tem dois vês (vai e volta)”. Hoje, nossos administradores “entram no estado, na Assembleia, na Prefa e na Câmara de mão abanando”, e com o tempo, “colocam os pés pelas mãos”, restando ao eleitor “colocar o rabo entre as pernas” e “bancar coió sem sorte”, sentindo a “água no bico”, principalmente quando, “de céu em céu”, “chove mais do que molha” e deixa os eleitores “com um pé lá e outro cá”. Até porque uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa: uma coisa é que não tem nada a ver os 33 milhões dos respiradores, e a outra coisa é comprar um software de 497 mil reais, que custa, no mercado, R$ 7 mil. Isso é o que eu chamo de dinheiro reserva! Explico: é que a empresa s
eria de policiais militares da reserva de SC. Reservinha boa, essa, não?! Rá, rá, rá, rá...
Para completar a desgraça, enquanto o estado “sofre como sovaco de aleijado com muleta” ou “como pé de cego em porta de igreja”, nossos deputados vão ter o que negociar e jogar uma boia bem grande para salvar o governador lá nas águas do Porto de São Francisco, enquanto as polícias “esperam na galinha nascer dente” para conseguirem ser valorizados. O Valdomiro, policial civil que, com o salário que ganha, tem “comido o pão que o diabo amassou com o rabo”, confidenciou:
- Pra nós, a coisa “tá mais feia do que a mãe do sarampo”.
Daí, né, perguntei para o Valdomiro:
- Quem quer aumento?
– Eu!
– Vá querendo, passa a mão no chão e vai lambendo!
E o Valdomiro:
- Ah, não!
– Anão é um homem pequeno.
Pode-se até brincar com um policial, isso se ele não estiver trabalhando nesse dia com o saco cheio, mas humilhar, já são outros 400 mil reais, que foram para os amigos da “reserva”.
Mesmo assim, lá no governo do estado são “ligeiros feitos coriscos”, são da opinião de que “vai ou racha ou arrebenta o caixa”. Querem o impossível: “ordenar o bode” e “procurar o que não guardaram”! Isso sem falar que já encheram tanto a Palácio quanto a Assembleia que elas estão “mais apertadas do que sardinha em lata”! E para ajudar a “tapar o sol com a peneira”, querem “passar mel na boca” dos políticos, o que corresponderia mais ou menos a “procurar chifre em cabeça de cavalo”. Para o Jorge da dona Biloca, “tem dente de coelho” nesta história; pra ele, o povo precisa protestar na Assembleia, quando forem votar a devolução desta grana, pois “pra cavalo corredor, cabresto curto”!
Será que nosso governador não sabe que em tempo de crise não dá pra “amarrar cachorro com linguiça”?
Nosso maior problema é que os políticos querem “comer como padre” e não se tocam que, em Santa Catarina, tem gente que “está como rato, que, com fome, rói o estômago”. Pior é que, em se tratando de “puxar a sardinha pro próprio prato”, tem secretário estadual e deputado que é “surdo como uma porta”! E vive dizendo: “Viva a fartura, que a miséria ninguém atura”! Rá, rá, rá, rá... É de rir pra não chorar!!
Publicado em 07/10/2021 - por Beltrano