Na república das bananas nanicas
Vou falar sobre meu lugar
Com este versinho gentil
Se recebemos todo mundo
No nosso querido Brasil
Misturando cá e lá
E é botando pra quebrar
Que a Nação vive a mil.
Para mim, tu és uma flor
Como corpo de mulher
A beleza que aqui vemos
É fruto de nossa fé
A essência e a razão
A pureza e a emoção
Com muito sol, mar e Pelé...
No Brasil, misturamos tudo
Com aipim, se faz empada
Control Del com o delete
Com fast food, se faz rabada
Nas estradas, é só buraco
E recolhem dinheiro em saco
Das propinas disfarçadas.
No Brasil, se mistura tudo
Como a viola e o violão
O político e o sabonete
Peixe grande e ladrão
Nada disso nos compete
Pois o roubo se repete
A cada nova eleição.
O Brasil é um país rico
Onde o político se acha o tal
Aqui se morre nas praças
Por nos faltar hospital
Roubam a verba da saúde
Fazem do poder um grude
De forma descomunal.
O Brasil é contraditório
A ladroeira se revela
Mas o poder da sujeira
Não sai com água de barrela
Aqui dão uma de vivo-morto
Os larápios vivem soltos
Em Brasília não tem cela.
Aqui neste meu Brasil
Só o político tem raiz
Pega o trem da alegria
E vive a vida feliz
E lá fazem as cagadas
O povo leva a paulada
E fica com a cicatriz.
O Congresso tem ombros largos
Para os políticos acolher
Como se fosse um jantar
Onde todos estão a comer
Pro deputado, é vitória
Roubar do povo é glória
Sua riqueza e lazer.
Se nos falta educação
Pros políticos é poesia
E de dois em dois anos
O eleitor faz sua alegria
Aliando a falta de cultura
A políticos sem compostura
Vivemos como cegos sem guia.
A educação é importante
Pra quebrar nosso jejum
O eleitor precisa ser ativo
E não um fantoche comum
A saúde, só a morte cura
Mas um povo sem cultura
Morre sem ir a lugar algum.
Do Brasil para o mundo
A roubalheira pede bis
O manifestante usa máscara
Com medo de mostrar o nariz
Se a nação está doente
Se não temos um país decente
Foi o eleitor que assim quis.
A política no Brasil
É a que vemos na televisão
Ultrapassa o relacionamento
De situação e oposição
Se pelos olhos começa
O ouvido assim processa
E acaba num camburão.
Os ladrões que fazem delações
Num instante viram heróis
Aqueles que vão pra cadeia
Na prisão viram dodóis
Virou uma calamidade
Sem um pingo de moralidade
O Brasil eles destroem.
Publicado em 12/08/2021 - por Beltrano