Corra: a eleição vem aí!
Por toda parte que ando
Sempre gosto de narrar
As crendices e os costumes
Do folclore popular,
Ver políticos se acusando
Um ao outro se matando
Eu adorar apreciar.
O eleitor perdeu a vergonha
A eleição virou mercado
O pobre de família grande
Finalmente é valorizado
Sendo refém da ganância
É a maldade e a ignorância
Caminhando lado a lado.
Vantagem é a palavra-chave
Por aqui, é corriqueira
Está incrustada na cultura
Da política brasileira
O eleitor é boi na vara
Vale rir da sua cara
Com os versos do pasquinzeiro.
É para alguns caras de pau
Que o povo sempre diz sim
Pois se vende nas eleições
Não pode achar ruim
Se o eleitor se vende
E depois se arrepende
Tem mais é que comer capim.
Estou ensebando o título
E levando nas costelas
Pra votar, o povo serve
E o político o engambela
Num entrevero pesado
Moído e estrebuchado
Sempre na mesma panela.
Minha rua, escangalhada
A Prefa, com muita presteza
Botou um asfaltinho nela
Ficou bonita, uma beleza!
Agora me aparecem candidatos
Bancando uns carrapatos
Usando toda esperteza.
Falam que fizeram a rua
Mentem pra todos na dura
Nunca pegaram numa enxada
São cavalos sem ferradura
Querem é ficar empregados
Jogar o saco pro lado
E mamar na Câmara e na Prefeitura.
Nos chamam de camaradas
Vivem nos acenando a mão
Temos sete candidatos a prefeito
Disputando esta eleição
Não podemos reclamar
Muito menos não votar
Por falta de opção.
Nós temos muitos caminhos
Ivon, Rangel e Jean Negão
Temos o Sérgio e o Luciano
Também o Jailson pela oposição
Temos o Eduardo, o secretário
Que da Prefeitura é lacaio
E dispensa apresentação.
O Jean Negão e o Luciano
Querem ver limpa a Palhoça
Dizem que vão lavar com Omo
A sujeira que tá grossa
Dão uma de lavadeiras
Numa chance derradeira
Pra limpar as nossas fossas.
Pra isso já está preparado
O Sérgio Guimarães, do Liberal
Vai trazer sua empresa pra cá
Pra acabar com o matagal
Vai dedetizar toda a cidade
Num ato de caridade
Sem cobrar nem um real.
O PSol do Rangel
Trabalha com muito gosto
Quer uma Palhoça pra todos
É isso que tem proposto
Sem dinheiro pra campanha
Ele pouco se assanha
Pra não sofrer de desgosto.
No PT, tem o Jailson
Que recupera o tempo perdido
Pede voto pras esposas
E também pra seus maridos
A estrela vermelha virou lua
Se a campanha ganha a rua
O que atrapalha é o partido.
O Eduardo Freccia recebeu apoio
Formou grande coligação
Saiu todo mundo grudado
Como a penca do Ribeirão
O Eduardo fala de improviso
Mostra que tem juízo
Ao dirigir o ônibus da lotação.
Na escolha do candidato da Prefa
Havia postulantes pra chuchu
Todo mundo queria embarcar
Como um bando de urubu
O Camilo tinha uma sina
Nasceu com a bunda virada pra lua
Mas Eduardo nasceu com a lua no cu.
O Ivon enfim conseguiu
Seu Odílio passou a vaga pro filho
Desta vez, foi diferente
Ninguém passou a mão no fundilho
De informação eu me preparo
Não precisou nada do Bolsonaro
E nem de sua mão no gatilho.
Desculpem as brincadeiras
Votar é exercer cidadania
Precisamos escolher candidatos
Que façam benfeitorias
A eleição é importante
Pra que essa terra gigante
Cresça com sabedoria.
Publicado em 05/11/2020 - por Beltrano