Era uma vez, quando eu for eleito
Extra! Extra!! Às vezes, me sinto triste ao ver tanta gente falando mal da gente e só a gente pra falar mal de todo mundo!
Minha Nossa Senhora Piriquita da Cova Funda! Está chegando a hora da onça beber água! O problema nesta eleição é que os olhos dos nossos políticos bebem mais do que a barriga aguenta. Sendo assim, é certo que a cobra vai fumar, se os políticos que aí estão apresentados continuarem confundindo focinho de porco com tomada. Afinal, o eleitor palhocense só quer um prefeito e vereadores que comam para viver e não que só vivam para comer! O que não queremos mesmo é votar em lebres e acabar elegendo um balaio de gato!
A dona Doca do seu Noca, moradora da Barra do Aririú, liga todo santo dia para o Moacir Conrad, da Rádio São Francisco! Ela é fã do Moacir, tanto que ele é o único locutor que ela escuta! Anda surda que é uma porca, a coitada! Rá, rá, rá, rá...
Boa prosa, como sempre, ela mostra como está vendo o mundo de hoje, apesar das cataratas! Para ela, a gente está no fim! Disse pro Moacir: “Eu perdi a esperança neste mundo, meu filho. Estava fazendo planos no banheiro, mas dei descarga e foi tudo por água abaixo”. Ela não se conforma de viver num país onde a cerveja é mais cara do que a multa por não votar! “Também, votar pra quê, né, seu Moacir?!”, pergunta ela. E acrescenta: “Inventaram a urna eletrônica, mas eu quero saber quando vão inventar um político honesto pra gente votar. Eu morro velha e ninguém inventa”. Para dona Doca, a velhice possui duas grandes manifestações: a primeira é a falta de memória, e a outra… putz, já nem se lembra mais! Rá, rá, rá, rá...
Já eu nunca me engano. Aliás, pensando bem, me enganei apenas uma vez em toda a minha vida: foi quando pensei estar enganado! Por isso, vos digo: não criem expectativas, criem vergonha na cara! Porque se tudo der errado na vida, pelo menos vocês não vão ficar enchendo o Facebook com indiretas e idiotices. Antigamente, nosso Facebook era as portas dos banheiros públicos. Muita gente escrevia: “Passei por aqui – 10/12/2012”, “João do Saco Grande ama Maria da Cova Funda” ou “Aqui até os valentes gemem”. Uma vez, ao entrar no banheiro da antiga Prefeitura, estava lá escrito: “O verdadeiro alívio consiste em chegar a tempo neste local”. Frase de quem chegou a tempo na Prefeitura antes de se cagar todo e depois fazer a maior cagada!
Nos dias de hoje, não é diferente. Em Palhoça, o Facebook possibilita que os políticos dos mais diferentes partidos falem exatamente as mesmas canalhices uns dos outros! Em Palhoça, em tempos de campanha eleitoral, até o cravo briga com a rosa pelo Facebook!
A humanidade está perdendo seus maiores gênios: Aristóteles e Einstein já morreram e o Beltrano não anda se sentindo muito bem! Quem também não está muito bem são os candidatos a prefeito que ainda não têm posto em Palhoça! Pois para angariar votos, a palavra certa é gasolina. Sugiro que além do tradicional tíquete semanal de gasolina, o candidato ofereça também uma lavagem completa. Com um detalhe: o eleitor precisa beber na hora! Rá, rá, rá, rá...
Daqui até a eleição, Palhoça vai viver um verdadeiro conto de fadas. É que os contos de fadas de hoje não começam mais com “Era uma vez...”, e sim, com “Quando eu for eleito...”! Rá, rá, rá, rá...
Disse um dia, João Silveira
Um provérbio popular:
“Se o político quer ir longe
Tem que ir bem devagar”.
Dizia a velha “raposa”:
“O elogio que nos é dado
Quanto menos merecido
Tanto mais é apreciado”.
Ó Senhora Santa Bárbara
Minha santa da aflição.
Ninguém se lembra de nós
Senão em época de eleição.
Votar e saber votar
São dois pontos delicados,
Os que votam não têm conta
Quem não sabe é comprado.
Quem compra voto em terra alheia
Na sua terra não compraria bem
Ou está comprando enganado
Ou está enganando alguém.
O político e o eleitor
São dois bichos interesseiros
O político pelo seu voto
O eleitor pelo dinheiro.
São dois olhos, duas orelhas
Só a boca não tem par
Aconselho nossos candidatos
A mais ouvir e ver do que falar.
Já vi candidato rezando
Aos pés da Virgem Maria
Mas nem a Santa acreditou
No que o candidato dizia.
A eleição é como cebola
Que devagar vamos comendo
Porém, de quando em quando
É ela que vai nos .......
Eu pensei em “elegendo”, não posso fazer nada se o palavrão está na tua cabeça! Rá, rá, rá, rá...
Publicado em 15/10/2020 - por Beltrano