Beltrano - Edição 716
Não só da Internet deveriam viver nossos políticos
Definindo a internet
Poderia, hoje, dizer
Que as redes interligadas
Estão de olho em você
Para a vã comunicação
E trocas de informação
Sem precisar se mexer.
Embora um pouco antiga
Começou a estourar
Foi lá pelos anos dois mil
que a praga começou a se espalhar
Parecia necessidade
Hoje predomina a futilidade
Por tudo quanto é lugar.
Tem nas redes sociais
Blogs e sites privados
E nestes sites de fofocas
Muita coisa tem vazado
Hoje é quase impossível
Ver coisas de baixo nível
E não ficar envergonhado.
Os políticos de Palhoça
Também andam conectados
Pra falar mal um do outro
Vivem lá, sempre ligados
Xingam um ao outro de ladrão
Sem nenhuma preocupação
Entre o certo e o errado.
Quem quer plantar uma notícia
Usa um fake e se lambuza
Denunciam sem comprovação
E se escondem feito corujas
Dão o tapa e escondem a mão
Defensores da Prefa e oposição
Usam a rede para lavar roupa suja.
Não se trata de mentira
Quem disse, não pediu segredo
Vai ser de perder o sono
E a muitos causar medo
Ano que vem tem eleição
A Deus vão pedir perdão
E tirar o nosso sossego.
Explicando a problemática
Vão dizer que são bacanas
Que vão lutar pelo povo
Mas a mim, ninguém engana;
Pois depois de eleitos
Levam o povo no peito
E nos mandam uma banana.
Vão usar a internet
Para engrossar o falatório
Prometendo mundos e fundos
Nos chamando de simplórios
Não tem para onde escapar
Vão começar a frequentar
Festas, igrejas e velórios.
Pra Câmara de Vereadores
Já se vê muita correria
Pra preencher as 17 vagas
Tem gente que mataria
Vão prometer solução
Pra depois da eleição
Continuar a estripulia.
Candidato a prefeito, tem poucos
Por questão de qualidade
Mas o que não falta é vice
Se acotovelando pela cidade
É tanto vice em Palhoça
Que já tem gente na fossa
Pedindo por caridade.
O Camilo não fala nada
Sua turma nem vice tem
Pois se anunciar agora
Pode desagradar o Neném
É tanto candidato em modo de espera
Pronto pra virar uma tela
No computador de alguém.
A galera da Prefeitura já provou
Que está bem na fita
Seus partidos lhes dão o pão
Pra acompanhar a escrita
Sendo um grupo matreiro
Reuniu centenas num poleiro
A todos vem dando guarida.
Não vão querer deixar sem graça
O Rosiney, o Freccia e o Fabinho
Que esperam que o Camilo
Dispense ao trio mais carinho
Se receberem esse presente
Vão reinar eternamente
E não atrapalhar seu caminho.
O PSL, candidato já tem
Mas o Bolsonaro, outro partido prepara
Seja pra qual partido for
Precisa só afastar os malas
Tomara que não vá pro DEM
Pois se o Ivon for pra lá também
Terá que usar o Pitanta de bengala.
O Ivon vai ter a missão
Em uma jornada cumprida
Vai fazer como o Moisés
Que faz da internet sua vida
Vai surfar a mesma onda
Já que a terra é redonda
Também quer encontrar sua terra prometida!
Na eleição, a briga será grande
O Luciano diz que entrou no meio
O Jean Negão é pré-candidato
Não quer ser posto pra escanteio
O Jiraya anda afobado
Não quer ser jogado pro lado
Nem ficar fora desse sorteio.
Mas a política é dinâmica
Vence quem tem maioria
Não é fácil cortar o bolo
Todos querem uma garantia
Mas depois do bolo cortado
Tem sempre um esganado
Querendo mais uma fatia.
A ferramenta de uma eleição
Sempre foi o pobre eleitor
Por ele tudo se fazia
Para mostrar o seu valor
Mas essa nem o Freud explica
Aqui pra eleição deixo uma dica:
Ganha quem tiver mais seguidor!
Publicado em 21/11/2019 - por Beltrano