25b6b11f2fa2bce079c623a75a67071a.jpeg Lampluz celebra ampliação com festa especial nesta quinta-feira (21)

28b9699ef83d4e6b7e945f462ad2aceb.jpeg Rajadas de vento derrubam ao menos duas árvores em Palhoça

a2f8977f0e7597f90e7d86d65694b15f.jpg Defesa Civil alerta para riscos de temporais e agitação marítima em Santa Catarina

c3a617f9c40c6b2bcba437f7dc583bd7.png Águas de Palhoça inicia chamamento público para serviço de verificador

a2244fd2ad6b573f5dee9091717071b5.jpeg Relatório do IMA analisa balneabilidade nas praias de Palhoça na semana do feriadão

133df88ff1527b92ca757297a0470b69.jpeg Alunos do Programa de Educação Musical de Palhoça apresentam concerto

6527a2d7d24c0af020c8a55517ff9e18.jpeg Festival Solidário da Pró-Crep reúne ações culturais e socioambientais

af662679ca85149c7152db5017355b1e.jpg Premiação Trajetória Cultural Palhocense: FMEC divulga inscrições deferidas

3f5a34724984249b39fb4b9527c3d370.jpeg Centro Cultural recebe exposição no Mês da Consciência Negra

d4dd8eca14c950d508336c85ee5b9039.jpeg Jovem de Palhoça conquista medalha nos Jogos da Juventude Caixa

ee05e058856a08c8d6de3d64e4e969b8.jpeg Programa Educa+Esporte realiza capacitação de basquetebol

6c8ea95c8d3178d84e72de169f612fd2.jpeg Palhoça terá equipe na badalada estreia do surfe nos Jasc

0a89397242042586eb759db06068e2a0.jpeg Atleta de Palhoça integra equipe brasileira de tiro com arco no Oriente Médio

c69cabc404913995e3ac2597c3282619.jpeg Amor pelo jiu-jitsu: mãe e filhos participam da mesma competição

Beltrano - Edição 674

Didi: o peão palhocense
 
Foi no final dos anos 1970
Que em Palhoça começou a tradição
O tradicionalismo gaúcho
Confunde-se com a história do velho peão
Seu gosto pela vida campeira
Surgiu da inspiração verdadeira
Trazida de outro rincão.
 
Seu nome, Eduardo Alfredo Schutz
O Didi - o velho patrão
Nos fios de seu bigode branco
A história dessa tradição
E da cultura do gaúcho
Que vive uma vida sem luxo
Fazendo da lida, uma profissão.
 
Pegou muito gado a unha
E boi bravo pela guampa
Fincou as esporas na terra
Cavalgou por nossos pampas
Ensinando aos seus guris
Por que o Criador assim quis
Que fosse de fina estampa.
 
Ao encilhar seu cavalo
Ia nele botando o arreio
Uma cela de couro apertada
Em sua boca um bom freio
Fosse pra tocar a vacaria
Na lida do dia a dia 
Ou de rodeio em rodeio.
 
Cada troféu, uma história
Um sopro de vento no pago
De pilcha, faca, chapéu de couro
Na boca o doce do mate amargo
Da velha cuia de chimarrão
Daquele pedaço de chão
Onde seu CTG foi montado.
 
Cavalgou pela vida afora
Sem nunca perder o embalo
O lenço quadrado no pescoço
E nas mãos um monte de calo
Numa mão, a rédea sublime
Na outra, o laço no pulso firme
Na sintonia entre homem e cavalo.
 
Dormiu embaixo de ramada
Nos pelegos e na esteira
Carregou a vida na garupa
De uma mula ligeira;
Se aqueceu com o fogo de chão
Uma cuia de chimarrão
E uma moda campeira.
 
Hoje já um pouco cansado
Pois esteve uns dias doente
Mas como não é homem de manha
Está quase inteiro novamente
E esbanjando força e energia
E a herança do gaúcho: a simpatia
Em sua fazendola recebeu a gente.
 
Serviu uma saborosa costela
E comida de forno à lenha
Relembramos as coisas do passado
Da vida me fez uma resenha
Me mostrou sua vida campeira
Onde vive com sua companheira
No interior de Paulo Lopes, lá em Penha.
 
No velho cowboy palhocense
Ainda vive aquele peão
Que em suas cavalgadas
Conheceu todo o sertão
Senti nele a saudade
Da nossa velha cidade
Que vive em seu coração. 
 
Nem rastro acha mais da Porteira
Lá na velha Encruzilhada
Onde se via grande movimentação
E onde hoje não se vê mais nada
Nem o velho pé de pinheiro
Nem os amigos boiadeiros
Que ficaram ao longo da estrada.
 
Olha ao longe sobre os ombros
Bengalando saudoso e calado
Às vezes para de sorrir
Com saudade do “pintado”
Seu cavalo e bom companheiro
Que ainda sente no vento, o cheiro
Do galope e do seu andar troteado.
 
Diz que era um cavalo inteligente
Deixava outros peões espantados
Fazia o que comandava
Sem precisar ser instigado
Evitava qualquer tranqueira 
E sempre parava na sinaleira
Se o sinal estivesse fechado.
 
Fala dele com respeito:
“Era pau pra toda obra
Melhor cavalo que tive 
Morreu de mordida de cobra
Lá onde hoje é o quartel...”
Então vê seu cavalo no céu
Da gratidão que nele sobra.
 
Viu crescer a tradição gaúcha
No CTG Porteira da Encruzilhada Palhocense
Criou no seu canto um recanto
E a outros catarruchos convence
Foi um dos fundadores dos Praianos
E hoje com seus 82 anos
É orgulho da tradição gaúcha catarinense.
 
Com o Eduardo Comelli, um discípulo
Rubinho, amigo do peito e do laço
O filho Dudu, um companheiro
Que do pai herdou os traços
E não esquecendo as prendas
Assim deixo essa simples oferenda
E a toda família, meu forte abraço.


Publicado em 31/01/2019 - por Beltrano

btn_google.png btn_twitter.png btn_facebook.png








Autor deste artigo


Mais vistos

Publicidade

  • ea73bab336bac715f3185463fd7ccc14.jpg