Beltrano - 538
Três vezes nove: vinte sete; quem não sabe não se mete!
Os políticos de Palhoça
Estão sendo abduzidos
Para votar no Nazareno
Estão sendo convencidos
Sob as asas da Prefeitura
Vão apoiar na cara dura
Não importa qual partido.
A seis meses das eleições
Se vê de longe o alvoroço
Correm de um lado pro outro
Como guaipeca atrás de osso
Como papinha de neném
Pra comer no ano que vem
Sem usar de muito esforço.
O eleitor pede socorro
Pois a coisa está preta
Na Câmara e na Prefeitura
O que não falta é chupeta
Quem está dentro não sai
Nem rezando o “Crêndospai”
Querem largar as duas tetas.
O Camilo foi pra Europa
O Amaro virou prefeito
Não deu nenhuma canetada
Por uma questão de respeito
Assim continuou a mesmice
Nem mesmo a deputada Dirce
Conseguiu tirar proveito.
O Nazareno Martins
Saiu do PSD tranquilo
Não desagradou ninguém
Quando ao PSB pediu asilo
Depois de tanto entra e sai
Um partido agora é do pai
E o outro é de seu filho.
O PSDB andou correndo atrás
Rezou Pai-Nosso e Ave-Maria
Pensou catequizar o Ivon
Com coragem e ousadia
Mas ele se fez de rogado
Pois todo gato escaldado
Tem medo de água fria.
Depois de várias cabeçadas
Ivon precisou mostrar preparo
Se desse outro pulo errado
Pagaria muito mais caro
Por isso com ele eu enrilho
Não quis o partido do Odílio
Preferiu ir pro do Bolsonaro.
Dizem que não sai candidato
E que vai usar de psicologia
Sabe que o sonho de se eleger
Não se vende em padaria
Vai trabalhar pra deputado
E no futuro ser recompensado
Pelo deputado Júlio Garcia.
Muita gente se apresenta
E por aqui solta foguete
Além de bons cabos eleitorais
O que não falta é sabonete
Puxam tanto o saco do Camilo
Que se ele der um cochilo
Vão invadir seu gabinete.
No PMDB do Ronério
Todos são tratados com meiguice
Pois cabrito bom não berra
E jamais faz cachorrice
Quem comeu na sua mão
Vai ter que pagar a prestação
Pra ajudar a eleger a Dirce.
O Pakão está crescendo o olho
Pra da Câmara ser presidente
Uma chance como essa
Não surge assim de repente
Terá engasgos como ofício
Pois engolir vereador é mais difícil
Do que lhe extrair todos os dentes.
Mas a Câmara é dinâmica
Vai vencer quem tiver a maioria
Não vai ser fácil é repartir
O bolo em dezessete fatias
Depois do bolo cortado
Vai ter sempre um esganado
Querendo mais garantia.
A Laurita também assumiu
Pelo Alto Aririú eu conclamo
Entrou no lugar do Quintino
Que assumiu outro ramo
Uma coisa não estava no gibi:
Agora temos o Vânio e o Valdir
Como nossos primeiros damos!
Depois de quase 20 anos
O Marcelo Prim é que foi ladino
Assumiu como vereador
Diz ser coisa do destino
De paletó de linho e gravata
Fez questão que constasse em ata
Que tava de sapato bico fino.
Quando começou a sessão
Ajeitou seu paletó
Agora as segundas e terças
Do terno ele tira o pó
Corre na casa do Alberto
Pois ainda não sabe ao certo
Como na gravata dar o nó.
Representando o Aririú
Chegou à Câmara garboso
Sentou-se na cadeira do Moraes
Que lhe foi atencioso
E disse pra seu deleite:
“Me serve um café com leite
Daquele bem saboroso”.
Desculpem as brincadeiras
Votar é exercer cidadania
Vamos escolher candidatos
Que vemos aqui todos os dias
A eleição é importante
Para que essa terra galante
Se desenvolva com sabedoria!
Publicado em 10/05/2018 - por Beltrano